Economia deverá ter crescido 0,9% em 2014 - TVI

Economia deverá ter crescido 0,9% em 2014

Teodora Cardoso (Lusa)

Estimativa é do Conselho de Finanças Públicas que antecipa que a procura interna tenha contribuído para este desempenho da economia

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O Conselho de Finanças Públicas espera que a economia portuguesa cresça, em termos reais, «ligeiramente abaixo ou em linha» com a estimativa do Governo, antecipando que o PIB tenha aumentado entre 0,9% e 1% em 2014.

No relatório sobre a evolução económica e orçamental até ao terceiro trimestre e perspetivas para 2014, o CFP refere que «o PIB [Produto Interno Bruto] real terá crescido entre 0,9% e 1% em 2014», impulsionado sobretudo pela procura interna.

A instituição liderada por Teodora Cardoso estima que a procura interna tenha contribuído para este desempenho da economia em torno de 2,1 pontos percentuais (acima dos 1,4 pontos previstos pelo Governo) e que a procura externa líquida tenha apresentado um contributo de -1,1 pontos, contra os 0,3 pontos estimados pelas Finanças para 2014 no Orçamento do Estado para 2015.

O CFP argumenta que «esta perspetiva mais negativa parece ser confirmada pelos dados recentes do desemprego e pelos indicadores avançados divulgados pelo Banco de Portugal», mas salvaguarda que se trata de uma «estimativa preliminar» com «uma acentuada incerteza relativamente ao perfil intra-anual do consumo público e da procura externa líquida».

O Governo previu em outubro do ano passado, aquando da apresentação do Orçamento do Estado para este ano, que a economia portuguesa deveria crescer 1% em 2014, uma previsão que está em linha com a do Fundo Monetário Internacional, mas que é ligeiramente mais otimista do que as das restantes instituições.

A Comissão Europeia e o Banco de Portugal esperam que a economia portuguesa cresça 0,9% em 2014 e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico antecipa um crescimento de 0,8% no ano passado.

O Conselho de Finanças Públicas estima ainda que a dívida pública em 2014 foi superior aos 127,2% definidos pelo Governo e que, apesar da melhoria registada em novembro, a redução de dezembro foi «insuficiente» para cumprir o objetivo anual. 

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