A supervisão bancária falhou e a credibilidade do Banco de Portugal está «fortemente atacada», porque se revelou incompetente para seguir os casos BCP, BPN e BPP, diz o social-democrata Alexandre Relvas.
«A credibilidade do Banco de Portugal já tinha sido fortemente afectada quando foi do processo do caso BCP, depois foi afectada com o processo BPP e BPN», afirmou Relvas, para quem é normal que os portugueses fiquem com dúvidas sobre a competência do banco central, avança a Rádio Renascença.
«Os portugueses ficam estupefactos ou ficam incrédulos, com dúvidas se houve incompetência ou complacência perante esta realidade quando estes 1.800 milhões de euros [a que ascendem os prejuízos do BPN] correspondem a 20 por cento dos activos do BPN ou/e 40 por cento dos depósitos. É um número absurdo face à dimensão do banco», disse.
Os portugueses, continua, «ficam também estupefactos por ninguém assumir responsabilidades, o que descredibiliza a imagem da própria instituição».
Essencial restaurar credibilidade do BdP
Relvas enumera as várias falhas do Banco de Portugal nos últimos tempos: «Falhou no BPP, falhou no BPN falhou no Banco Comercial Português. É difícil que não se tire conclusões e quando não se assumem responsabilidades ao longo da estrutura - pode não ser o governador, [e ser] ao longo da estrutura - , é a própria instituição que fica marcada».
Por isso, conclui que «alguém tem responsabilidades na supervisão e a supervisão falhou em Portugal de forma sistemática», atirou.
O desafio agora «é voltar a restaurar a credibilidade do Banco de Portugal». Uma credibilidade que, acusa também o dirigente do PSD, já tinha sido afectada «com a falta de isenção que teve o próprio banco em algumas intervenções políticas», nomeadamente quando foi da posição do défice.
«Banco de Portugal falhou»
- Redação
- CPS
- 20 fev 2009, 11:40
Regulação mostrou-se incompetente para seguir os casos BCP, BPN e BPP
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