Estivadores não arredam pé: novo piquete de greve - TVI

Estivadores não arredam pé: novo piquete de greve

Desta vez no terminal da Sotagus em Xabregas, Lisboa, igualmente guardado por elementos da PSP, como na terça-feira, em Alcântara. Braço de ferro continua

Nove horas de protesto ontem, novo piquete de greve esta quarta-feira, desta vez no terminal da Sotagus em Xabregas, Lisboa, igualmente guardado por elementos da PSP, como na terça-feira, em Alcântara. Várias dezenas de estivadores estão revoltados com "a eventual" presença de trabalhadores da empresa alternativa, a trabalhar junto aos contentores.  Por isso, não arredam pé, tentando evitar a retirada de contentores.

No terminal da Soflusa, em Xabregas, Lisboa, estão presentes elementos da Polícia Marítima e um grupo do Corpo de Intervenção da PSP, que se encontram posicionados junto aos portões. 

O Sindicato dos Estivadores tem sido acusado de ter demasiado poder. A isso, um dos sindicalistas respondeu assim à TVI: "Se dizem que o sindicato tem demasiado poder, é porque se calhar o sindicato defende o interesse dos trabalhadores e exige às empresas que cumpram o que assinaram". 

"Todas as pessoas que entram têm de ter as mesmas condições que nós, não podem ter condições piores do que aqueles que cá estão. Quem faz essas afirmações não compreende porque é que todos os trabalhadores que entraram para o setor se quiseram associar ao nosso sindicato"

E diz que os trabalhadores da Porlis não se filiam no sindicato por "medo de represálias".

Porque protestam os estivadores?

António Mariano, presidente do Sindicato dos Estivadores, Trabalhadores do Tráfego e Conferentes Marítimos do Centro e Sul de Portugal, que se encontra também em Xabregas, disse à Lusa que vai realizar-se um plenário de trabalhadores, "ainda durante a manhã", na Gare Marítima de Alcântara.

Os operadores do Porto de Lisboa anunciaram segunda-feira que vão avançar com um despedimento coletivo por redução da atividade, uma proposta de acordo de paz social que foi recusada. Os estivadores classificam o despedimento coletivo como "terror psicológico".

António Mariano disse que os trabalhadores estão dispostos a chegar a um entendimento, caso a empresa criada paralelamente for encerrada e se forem resolvidas duas situações do contrato coletivo de trabalho.

A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, afirmou, por sua vez, que os operadores propuseram suspender os trabalhos da Porlis, mas o documento previa apenas que os operadores se comprometessem a “encontrar uma solução relativamente” ao futuro da empresa de trabalho portuário.

 

Continue a ler esta notícia