Covid-19: DGS explica maior número de casos e mortes no Norte - TVI

Covid-19: DGS explica maior número de casos e mortes no Norte

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Graça Freitas diz que tem a ver com o grande número de casos iniciais importados da Lombardia

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A região Norte é a que concentra o maior número de casos de covid-19 em Portugal (10.302) e o maior número de vítimas mortais (321), com concelho do Porto a ser, pelo segundo dia consecutivo, o que regista mais casos de covid-19 no país (959). Na conferência de imprensa diária de ponto da situação sobre a covid-19, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, foi questionada sobre qual é a explicação para a concentração de casos na região.

«Todos sabemos que a dinâmica de uma doença infecciosa tem a ver com os casos iniciais e a região Norte teve uma grande concentração de casos importados, devido a uma grande movimentação de pessoas, empresários, para zona da Lombardia na altura em que começou o surto na Lombardia», começou por explicar Graça Freitas, dizendo que começaram daí «muitas cadeias de transmissão secundárias, que deram origem a cadeias terciárias, quaternárias... e as coisas expandiram-se, mesmo com as medidas de contenção.»

«Há também questões relacionadas com densidades populacionais, com a dinâmica da população, mas sobretudo o que pode explicar foi a forma como se iniciaram cadeias de transmissão e focos comunitários», adiantou a diretora-geral da Saúde.

Graça Freitas alertou ainda para que se continue a cumprir o Plano Nacional de Vacinação, para evitar surtos de novas doenças, como o sarampo, doença que chamou de «traiçoeira». «Já temos uma epidemia, a última coisa que queremos é outro surto de uma doença infecciosa», disse a responsável, avisando que «nenhuma criança e nenhum adulto com a vacina do sarampo em atraso deve continuar a tê-la em atraso.»

A DGS recomenda particular atenção às vacinas até aos 12 meses, as dos 12 meses, a vacina da tosse convulsa das grávidas, a BCG quando prescrita, e a vacinação dos doentes crónicos.

«É melhor contactar telefonicamente o centro de saúde e marcar. Mas, se não for possível, não adie e desloque-se à sua unidade de saúde», disse Graça Freitas, garantindo a segurança já que os «centros de saúde têm circuitos separados para doentes covid.»

Na conferência de imprensa, o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, afirmou ainda que o Infarmed publicou as especificidades para a confeção de máscaras sociais. «Mais de 200 empresas já mostraram vontade de as produzir e algumas começam a produção já esta semana».

Rui Ivo, presidente do Infarmed, afirmou que, «com base nestas especificações, passaremos a ter máscaras que nos dizem quais as características de proteção que asseguram, quanto tempo podem ser utilizadas» e que serão acompanhadas de instruções para o utilizador.

«Poderemos dispor de equipamentos de proteção com garantias», frisou.

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