Covid-19: Sindicato propõe seguro de vida para os jogadores - TVI

Covid-19: Sindicato propõe seguro de vida para os jogadores

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Atual seguro de acidentes de trabalho dos futebolistas não cobre a covid-19

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A proposta é do Sindicato de Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF), que pretende que Liga de Clubes (LPFP) e Federação Portuguesa de Futebol (FPF) contratem um seguro de vida que visa proteger os futebolistas dos eventuais efeitos da covid-19, no regresso das competições.

A revelação surgiu esta quinta-feira do Presidente do SJPF, Joaquim Evangelista, em declarações à agência Lusa.

«O SJPF quer, sobretudo, dar aos jogadores a tranquilidade para se concentrarem na sua atividade. Compete-nos a nós, Liga Portuguesa de Futebol Profissional, clubes, Federação Portuguesa de Futebol e SJPF, garantir todas as questões médicas e medidas de segurança, e todas as questões de âmbito jurídico», afirmou o líder sindical, que esclareceu que a covid-19 não está coberta pelo seguro de acidentes de trabalho dos futebolistas, que se encontram em fase de preparação para o reinício da I Liga, a 4 de junho.

«Estando esta questão por resolver, e sendo, sem dúvida, uma das mais importantes, porque tem a ver com a proteção dos jogadores em casos, que embora residuais e de risco diminuto, podem acontecer, é prioritário garantir que existe uma cobertura legal», referiu.

Evangelista exige ainda que seja encontrada «uma solução rápida para que não restem quaisquer dúvidas aos jogadores», revelando que a estrutura sindical já apresentou mesmo uma proposta à LPFP e à FPF «que consiste na celebração de um seguro de vida que responda em caso de incapacidade permanente ou morte resultante da infeção por covid-19».

O líder do Sindicato de Jogadores Profissionais de Futebol denunciou ainda que está a existir um «abuso de direito» por parte de clubes no recurso ao ‘lay-off’ após receberem apoios do estado pela suspensão das competições devido à pandemia de covid-19.

Segundo o jornal Público noticia na sua edição de hoje o Estoril Praia, da II Liga, recorreu ao ‘lay-off’ na terça-feira, já depois de a LPFP e da FPF terem disponibilizado verbas na sequência do fim antecipado desta competição.

«Não é aceitável que um clube imponha o ‘lay-off’, imponha cortes salariais, receba apoios financeiros adicionais da LPFP e FPF e ainda pretenda apoio do Estado, isto é, dos portugueses. É inaceitável», afirmou Joaquim Evangelista, que diz desconhecer o número de clubes profissionais que recorreram ao ‘lay-off’, «porque a Segurança Social não dá essa informação, nem ao sindicato nem aos jogadores».

«Há jogadores que nem sabem se estão em ‘lay off’, a data de deferimento e o montante devido. Por esse motivo pedimos à ACT (Autoridade para as Condições do Trabalho) para intervir, esclarecendo os jogadores (…) O que o SJPF tem a dizer sobre estes casos, que confirmamos, alargados ou não a funcionários, é a situação de abuso de direito de ir pedir ao Estado um apoio, reduzir a massa salarial e beneficiar das verbas disponibilizadas pela LPFP e pela FPF, sem haver, nalguns casos, qualquer diálogo com os jogadores para as condições de reposição dos cortes», lamentou o presidente do Sindicato de Jogadores.

LPFP e FPF disponibilizaram um total de 2,52 milhões de euros em dois fundos de tesouraria, de forma a responder aos efeitos da pandemia de covid-19 nas finanças dos clubes, o que pode representar, individualmente, para cada clube, 108.500 euros através do mecanismo criado pela LPFP e 62.500 euros pelo da FPF.

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