«É quase suicidário as equipas da Madeira deslocarem-se ao Continente» - TVI

«É quase suicidário as equipas da Madeira deslocarem-se ao Continente»

Miguel Albuquerque

Presidente do Governo Regional diz que as viagens não estão proibidas, mas têm «condicionalismos»

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O presidente do governo madeirense considerou esta sexta-feira «quase suicidário» que as equipas insulares se desloquem ao território continental, devido à pandemia da covid-19, lembrando que estas viagens não estão proibidas.

«A evolução pandémica está de tal ordem que, do meu ponto de vista, é quase suicidário as nossas equipas deslocarem-se para a prática de desportos de contactos ou coletivos», disse Miguel Albuquerque, durante uma visita às obras concluídas de construção do novo polidesportivo descoberto da escola secundária Francisco Franco.

Na opinião do chefe do Governo Regional de coligação PSD/CDS, estas deslocações são «muito arriscadas» e podem trazer «consequências depois para a segurança» na região, sendo um dos principais objetivos do executivo do arquipélago «não permitir a criação de focos locais por causa de uma situação destas».

Miguel Albuquerque desvalorizou as críticas feitas pelas federações às medidas adotadas pelo Conselho do Governo Regional da Madeira, na quinta-feira, salientando que o Executivo Regional não está «a proibir as equipas de participarem» em provas desportivas no exterior.

«Têm é condicionalismos de dupla testagem e isolamento até a inserção nas áreas, sobretudo as que são mais sensíveis, como a área social, das escolas e da saúde pública», complementou.

O presidente insular sustentou que «as federações têm que estar em conformidade com aquilo que são os interesses primaciais da comunidade, de um país, da sociedade», reforçando que «no próximo fim de semana já não há campeonatos».

Os jogos das competições desportivas amadoras marcados para o fim de semana foram cancelados, devido às restrições impostas para evitar a propagação do novo coronavírus, mantendo-se a calendarização das I e II Ligas de futebol.

Miguel Albuquerque argumentou que esta decisão tem por base «estabelecer prioridades» e «acautelar e salvaguardar a saúde pública», enfatizando que, estando as «associações e federações ligadas ao desporto, sendo uma escola de valores cívicos, devem dar o exemplo».

«Portanto, não tenho nenhum problema em tomar estas decisões, porque é tão claro num conflito de valores o que está em causa que não tenho nenhuma dificuldade em fazê-lo», vincou.

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