Federações satisfeitas com adiamento dos Jogos Olímpicos - TVI

Federações satisfeitas com adiamento dos Jogos Olímpicos

Preparação para os Jogos Olímpicos de Tóquio (AP/Eugene Hoshiko)

COI decidiu realizar a prova no próximo ano

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Os presidentes de várias Federações portuguesas mostraram-se esta terça-feira a favor da decisão do Comité Organizador Internacional (COI) de adiar os Jogos Olímpicos de Tóquio para o próximo ano.

«Acho que era inevitável. Ontem [segunda-feira], a Federação Portuguesa de Ténis tinha apoiado a decisão do COI de esperar quatro semanas para tomar uma decisão, mas sempre pensei que o adiamento acabaria por ser inevitável. É o mais seguro, atendendo à evolução da pandemia», afirmou o presidente Vasco Costa, à Lusa.

«Ficámos muito satisfeitos com a decisão», disse por sua vez Jorge Fernandes, presidente da Federação de Judo, também à Lusa, ele que já tinha defendido anteriormente o adiamento.

João Paulo Rocha, presidente da Federação de Ginástica, defende mesmo que a decisão «já devia ter surgido há mais tempo». «Como se costuma dizer, mais vale tarde do que nunca, mas é triste que tenha sido por via de uma pressão externa enorme», acrescentou.

Miguel Laranjeiro, presidente da federação de andebol, referiu à agência Lusa que «os Jogos têm uma importância global, representam a união dos povos, mas a sua realização não pode estar acima das questões de saúde publica e da integridade dos atletas, espectadores e restantes agentes».

José Elias da Costa, presidente da federação equestre, concorda que «era impossível desenvolver os Jogos Olímpicos com tranquilidade, dada a pandemia que estamos a viver».

António José Silva, presidente da Federação Portuguesa de Natação (FPN), afirmou que «o adiamento foi a decisão mais certa a tomar», embora reconheça que «não será fácil encontrar uma janela temporal para a sua realização, sem sobreposição das datas das competições nacionais e internacionais das 33 modalidades que competem nos Jogos».

O presidente da FPN alerta agora, «face à nova calendarização, que provavelmente irá estender o ciclo olímpico de quatro para cinco anos», para a necessidade de o Comité Olímpico de Portugal (COP) e o Estado «renegociarem os contratos-programa que terminam em julho».

«Sendo o mais acertado, tendo em vista a saúde dos atletas e das suas famílias, há algumas preocupações que as federações têm de ter a partir de agora», explicou Victor Félix, presidente da Federação Portuguesa de Canoagem.

Uma das preocupações é a mudança dos planos de preparação dos atletas, que estavam a «preparar-se para o pico da sua forma no próximo verão».

«Terão com os seus treinadores de procurar a melhor preparação para mais 12 meses e encontrar a sua própria motivação. Alguns já têm 30 ou mais anos e preocupo-me como estará a sua forma», lembrou, calculando que a competição no Japão se deverá realizar no verão de 2021.

O financiamento da preparação dos atletas por mais meses é outra preocupação de Victor Félix, que entende que esta deve ser «acautelada pelo COI» e pela própria «tutela portuguesa».

Recorde-se que o COI e o Japão decidiram adiar os Jogos Olímpicos de 2020 por um ano para «salvaguardar a saúde dos atletas, de todos os envolvidos nos Jogos e a comunidade internacional».

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