António Costa: «No pior dos cenários, nunca perderemos o controlo» - TVI

António Costa: «No pior dos cenários, nunca perderemos o controlo»

Primeiro-ministro anunciou doação de 78 ventiladores de empresas chinesas e capacidade para 10 mil testes por dia

Relacionados

O primeiro-ministro português, António Costa, afiançou esta segunda-feira que, mesmo «no pior dos cenários», não será perdido o controlo da situação da pandemia da covid-19 em Portugal, que regista um total de 23 mortos e 2.060 casos.

«No pior dos cenários, com a capacidade que temos, nunca perderemos o controlo da situação», referiu António Costa, em entrevista à TVI, esta noite, no Jornal das 8.

António Costa sublinhou o comportamento dos portugueses por todo o país, defendendo que, sem o confinamento às respetivas casas, «não seria possível conter a epidemia». Sobre a falta de material para o pessoal médico, Costa garantiu que «não faltou nada e não temos nada que diga que irá faltar».

«Foram doados por empresas chinesas e entregues na embaixada, em Pequim, 78 ventiladores», disse, ainda, adiantando que «as Forças Armadas têm 2 mil camas de reserva». Sobre a capacidade de resposta do exército, afirmou que o Hospital Militar de Infeciologia na Ajuda, em Lisboa, vai abrir na próxima segunda-feira.

Durante vários momentos da entrevista, António Costa insistiu que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) está a ganhar capacidade de resposta para «evitar o pico acentuado que pode levar a rotura dos hospitais» e deixou a certeza de que há capacidade para fazer 10 mil testes por dia.

António Costa referiu, nesse sentido, que foram comprados 290 mil testes, sendo que «80 mil chegam até ao final desta semana», estando ainda a ser estudada a compra de testes rápidos, que estão a ser desenvolvidos em Itália.

«Vai ser muito duro o debate no Conselho Europeu»

Na mesma entrevista, esta noite, António Costa afirmou esperar que a União Europeia (UE) adote, a curto prazo, um grande plano para a mobilização e reconstrução económica dos estados-membros.

Costa apontou avanços positivos quando a UE anunciou 37 mil milhões de euros para reprogramação de dinheiro já alocado, além da flexibilização do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) por parte da Comissão Europeia e da injeção, pelo Banco Central Europeu, de 750 mil milhões de euros para a aquisição de dívida pública.

«Vai ser muito duro o debate no Conselho Europeu da próxima quinta-feira. Temos de ter um grande plano, chamem-lhe Marshall ou Von Der Leyen, o nome como quiserem. A Europa tem de ter um grande projeto de mobilização e de reconstrução económica depois desta pandemia», declarou.

Continue a ler esta notícia

Relacionados

Mais Vistos