FMI pode cortar previsões económicas devido a crise hipotecária

Isto devido à recente crise nos mercados globais, afirmou esta quinta-feira no Brasil, o director do FMI, o espanhol Rodrigo de Rato.

«É possível que a previsão de crescimento seja revista, mas não de uma forma dramática», disse o mesmo acrescentando que «em alguns países estas revisões podem ser muito pequenas. De qualquer forma será o sexto ano consecutivo de crescimento», disse o mesmo responsável.

Até agora, as estimativas do FMI apontam para uma alta de 5% do PIB mundial este ano, um número semelhante às previsões para o próximo ano.

O mesmo responsável do FMI acrescentou que «o mercado comportou-se de forma moderada nos últimos dois dias, mas temos que ficar atentos».

«Estamos conscientes da forma como se comportou os mercados nos últimos dias, mas ainda é cedo para medir a verdadeira dimensão da crise e as suas consequências», frisou Rodrigo de Rato.

A crise financeira rebentou no final de Julho após a situação crítica do mercado hipotecário de alto risco (Suprime) dos Estados Unidos que colocou em dúvida a solidez de algumas instituições financeiras norte-americanas e europeias.

A turbulência nos mercados financeiros aliviou um pouco depois da Reserva Federal (Fed) norte-americana e dos bancos centrais da Europa, Japão e Austrália injectaram dinheiro nos respectivos sistemas financeiros para que estes voltassem a apresentar liquidez.

«Os Bancos Centrais actuaram de forma decisiva e reforçaram sua credibilidade» ressalvou Rodrigo de Rato, que classificou estas iniciativas de «adequadas e eficientes».

Para Rato, o quadro geral da economia real dos Estados Unidos continua positivo, apesar da crise no mercado hipotecário de alto risco no país.