A economia apresentou uma recuperação de "nível elevado" no primeiro trimestre, na sequência do que já tinha sido também alcançado nos últimos três meses de 2016, segundo o indicador de tendência global do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), a que a TVI24 teve acesso.
Apesar de o ISEG fazer a ressalva de que a informação do primeiro trimestre ainda não está completa, estima que a economia tenha crescido 2,4% até março, em comparação com os primeiros três meses do ano passado e 0,6% em cadeia, isto é, face aos últimos três meses de 2016.
A previsão do ISEG para o crescimento da economia portuguesa no conjunto de 2017 está entre uma expansão de 1,7% e 2,1%.
Para a recuperação económica, ou sobe o consumo, ou sobe o investimento ou temos de exportar mais do que importamos, ou todas estas coisas combinadas.
Ora, nos primeiros três meses deste ano, o consumo privado desacelerou, mas o investimento aumentou.
Um dado interessante nesta síntese de conjuntura do ISEG é que a procura de cimento disparou 20%, teve um "forte crescimento", sinal de que a construção está com um “forte impulso”, destaca o boletim. É um cenário que o ISEG antecipa que se manterá. Este setor foi dos mais penalizados durante a crise.
As exportações, consideradas motor da economia portuguesa, estão também a crescer e dão um importante contributo para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), mas as importações estão a aumentar mais (q13,8% e 15%, respetivamente).
Variações positivas na indústria, nos serviços (os proveitos na hotelaria cresceram 16,2%) e no comércio a retalho, aqui com alguma desaceleração, "embora se mantenha em níveis elevados".
A ajudar está também a confiança dos consumidores, que atingiu novos máximos dos últimos 17 anos.