PJ faz buscas a empresas ligadas à REN e REFER - TVI

PJ faz buscas a empresas ligadas à REN e REFER

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Autoridades policiais pediram informações sobre «terceiros» ligados às empresas nacionais

A Polícia Judiciária de Lisboa efectuou esta quarta-feira de manhã buscas a empresas ligadas à REFER e REN, confirmou a PJ à Agência Financeira, garantindo que as buscas foram realizadas a gabinetes de funcionários.

A REFER desmente, em comunicado enviado à Agência Financeira, a notícia do «Correio da Manhã» de que decorrem buscas por parte da PJ em departamentos da empresa, mas admite que as autoridades pediram à REFER «algumas informações sobre terceiros, estando naturalmente a colaborar».

Segundo a TVI, esta é uma operação de âmbito nacional, cuja investigação decorre há três meses, envolvendo 21 empresas, e está relacionada com crimes de corrupção, tráfico de influência e branqueamento de capitais.

O «Correio da Manhã» avança ainda na sua edição online que também a REN está a ser alvo de buscas. Fonte próxima do processo disse à AF que, no caso da REN, as suspeitas recaem sobre fornecedores e outras empresas que trabalham com a eléctrica.

O director-coordenador da empresa, Artur Lourenço, negou que a REN tenha sido alvo de buscas da PJ, afirmando que a polícia se deslocou à sede para «recolher informações sobre eventuais contratos» com companhias terceiras.

«Vieram à sede e pediram-nos ajuda para identificar certo número de empresas, saber se tínhamos contratos com um certo número de empresas. Não houve buscas nenhumas», declarou à Lusa Artur Lourenço.

«Trouxeram-nos uma carta assinada por um procurador-adjunto a pedir que fornecêssemos os eventuais contratos com uma lista de empresas», acrescentou o director-coordenador da REN, escusando-se a identificar quais as empresas que constavam da lista.

Polícia confirma operação de «grande envergadura»

Segundo disse fonte policial à Lusa, esta é uma operação de «grande envergadura», relacionada com alegados crimes económicos de um grupo empresarial sediado em Aveiro.

Em declarações à Lusa, Teófilo Santiago, responsável pela PJ de Aveiro, que está a coordenar a operação, disse que «as empresas não estão em causa, mas sim quadros que nelas trabalham».
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