Empresas alemãs com dificuldades para se fixarem em Portugal - TVI

Empresas alemãs com dificuldades para se fixarem em Portugal

Apoio financeiro é um dos factores problemáticos

As empresas alemãs em Portugal apontam as «condições e hábitos de pagamento», a «eficiência da administração pública», e o «direito laboral e sindicatos» como os três factores mais problemáticos para se localizarem no nosso país.

De acordo com um estudo realizado no Verão de 2008 pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã, os «custos energéticos» e os «apoios financeiros» são os outros factores mais problemáticos à localização em Portugal.

«Fazemos estes inquéritos desde há muitos anos e são exactamente esses os pontos (eficácia da administração pública, códigos laborais e sindicatos) que as empresas mais nos mencionam», disse o director-executivo da CCILA, Hans-Joachim Böhmer, escreve a Lusa.

Hans-Joachim Böhmer explicou que o grande problema alemão quanto à «eficiência da administração pública» portuguesa prende-se com o factor tempo.

«Sobre a eficiência da administração pública fizemos outros inquéritos mais detalhados e esses indicam que o maior problema [em Portugal] é a demora até que haja uma decisão, até se ter uma licença», explicou o mesmo responsável.

Os diferentes sectores apresentam poucas divergências face a estes indicadores. No entanto, e na indústria, o assunto «direito laboral/sindicatos» é visto de forma mais problemática do que, em média, o das «condições de pagamento e hábitos de pagamento» no comércio.

Cavaco transmite «sinal de confiança» na Alemanha

No sector da prestação de serviços é a «eficiência da administração pública» que surge como tópico mais destacado.

A Câmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã é a maior câmara de comércio estrangeira em Portugal, com mais de mil membros.

Hans-Joachim Böhmer explica que as empresas alemãs em Portugal mantêem-se optimistas quanto ao clima de negócios para este ano, e até 2012, se bem que a crise internacional tenha refreado um pouco esse sentimento.

Recorde-se que mais de três dezenas de empresários vão acompanhar o Presidente da República na visita de Estado à Alemanha, que tem como grande objectivo transmitir um «sinal de confiança» no futuro.
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