Grécia: referendo é «uma bomba» para os mercados - TVI

Grécia: referendo é «uma bomba» para os mercados

Conselho Europeu, Georges Papandreou

Governador do Banco central de Taiwan espera que Europa encontre estabilidade

O anúncio de um referendo ao plano de resgate, negociado entre os parceiros europeus de Atenas, «é uma bomba lançada sobre os mercados», afirmou esta quarta-feira o governador do Banco Central de Taiwan.

«Os mercados financeiros instáveis podem afectar a economia real. Esperamos que a Europa encontre estabilidade.

Se a Europa for estável e o euro continuar a existir, isso beneficiará todo o sistema financeiro mundial», declarou Perng Fai-nan à rádio BBC de Taipeé.

Hoje, as praças da Ásia registaram perdas, depois de o primeiro-ministro grego ter semeado o «pânico» nos mercados ao anunciar a realização de um referendo sobre o plano de ajuda à Grécia, cujo voto «será vinculativo», cita a agência Lusa.

O plano de resgate inclui o perdão de 100 mil milhões de euros da dívida do país a bancos privados e novos empréstimos da comunidade internacional à Grécia no valor de 100 mil milhões de euros.

Em contrapartida, impõe pesados sacrifícios ao país e provocou contestação social generalizada em reacção à queda do nível de vida de uma grande fatia da população.



China continuará a «investir na Europa»

A China fez também hoje saber que espera que a Zona Euro cumpra o plano de resgate, aprovado há uma semana, e confirmou a vontade de «continuar a investir» na Europa, apesar do referendo anunciado na passada segunda-feira pela Grécia.

Um porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Hong Lei, informou que espera que as medidas acordadas pelo líderes europeus na última cimeira sejam «conducentes à estabilidade dos mercados» e garantiu que a economia chinesa «continua» disposta a contribuir para a recuperação europeia: «A China está pronta a encarar maneiras de lutar contra a crise da dívida na União Europeia».

«A China tem sido e continuará a ser um grande investidor no mercado da EU», cita a agência Lusa.
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