Ministro: Portugal não é único a errar previsões - TVI

Ministro: Portugal não é único a errar previsões

Teixeira dos Santos

Mais apelos contra o proteccionismo

O ministro das Finanças sublinhou esta segunda-feira, depois de o Fundo Monetário Internacional (FMI) ter admitido que terá de rever novamente em baixa as previsões económicas, que Portugal não é o único a ter dificuldades em fazer projecções.

No encerramento de um encontro no Porto, que juntou os ministros das Finanças dos países ibero-americanos, Fernando Teixeira dos Santos considerou que a possível revisão em baixa das previsões do FMI sobre a economia mundial «revela que não é só Portugal que tem dificuldades em fazer previsões. Vivemos num mundo com grande incerteza. Esta crise está a afectar o desempenho da economia global», afirmou.

FMI vai rever previsões e admite contracção mundial

«Estamos a assistir a um cenário de recessão a nível global», pelo que «a melhor forma de fazer face à crise é entrar já em acção», disse.

Para Teixeira dos Santos, a união faz a força também neste caso. «Não sabemos se juntos conseguimos vencer a crise, mas de uma coisa temos a certeza: sozinhos não conseguimos».

Enrique Iglesias fala de «brutal crise de confiança

O secretário-geral da Conferência Ibero-americana, Enrique Iglesias, referiu que a economia da América Latina «vai ainda crescer» este ano, apesar da crise, mas sublinhou que os efeitos da recessão são planetários, pelo que é necessária a «construção de uma nova arquitectura financeira internacional».

«O proteccionismo é o pior conselheiro para ultrapassar a crise que nos preocupa», defendeu Enrique Iglesias, salientando que os países devem cooperar no sentido de restabelecer a confiança no sistema financeiro internacional.

Momentos antes, no encerramento da reunião, Enrique Iglesias caracterizou o actual momento como «uma brutal crise de confiança» e apelou aos governos para que tenham em atenção o impacto na opinião públicas das medidas que tomam para fazer face à crise.

«O excesso de medidas pode parecer, aos olhos da opinião pública, como uma política errática», advertiu.
Continue a ler esta notícia