Confecções portuguesas tentam impor-se na Rússia - TVI

Confecções portuguesas tentam impor-se na Rússia

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Maiores dificuldades são a burocracia e trâmites nas alfândegas

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A crise económica e financeira está a dificultar o negócio, mas Sérgio Gonçalves, dono da empresa de confecções para criança Valindo, que fabrica produtos da marca Girândola, está confiante no mercado russo.

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«As conversações foram bastante positivas. O volume de negócios é bom e espero a realização de mais uma operação proveitosa», disse esta quarta-feira o empresário à Lusa, depois de conversações com os parceiros russos.

«Constatei alguma penetração dos nossos produtos no mercado russo graças ao trabalho dos nossos parceiros e o trabalho é para continuar», acrescentou.

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Sérgio Gonçalves, proprietário de uma empresa que emprega cerca de 500 pessoas em Fafe, está na capital russa para participar na feira internacional de confecções Collection Premiere Moscow, que se realiza entre 24 e 27 de Fevereiro.

Nesta mostra 1.300 marcas de 34 países apresentam colecções Outono/Inverno 2009/2010, estando Portugal representado por apenas duas empresas. Além da Valindo, está presente também a Impetus.

«A nossa primeira exportação para a Rússia teve lugar em Fevereiro e haverá mais uma remessa de peças para o Verão em Março. Depois, em Julho e Agosto, enviaremos roupas de criança para Outono e Inverno», continua a mesma fonte.

De olhos postos em novos mercados

O empresário português revelou que as maiores dificuldades que tem de enfrentar para entrar no mercado russo são a «burocracia e os trâmites nas alfândegas».

«Mas também foi difícil encontrar um parceiro russo seguro. Isso levou-me dois anos e meio, mas, agora, a empresa Modnaia skazka (Conto da Moda) tem a exclusividade de distribuição dos nossos produtos», sublinha.

A empresa de consultadoria em negócio internacional Market Access, sediada no Porto, foi fundamental na procura do parceiro no mercado russo.

«Estamos a prestar cada maior atenção a mercados como a Polónia, Turquia e Benelux», sustentou.

Sérgio Gonçalves chama também a atenção para outro obstáculo, provocado pela crise mundial: «a forte variação cambial».

«Nos últimos tempos, o câmbio do euro subiu muito em relação ao rublo e esse reforço da moeda europeia está a dificultar o negócio, mas estamos a fazer esforços para superar mais este problema originado pela crise», rematou.
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