Os salários em Portugal vão diminuir «a bem ou a mal», defendeu esta terça-feira o economista Vítor Bento.
«Quando digo a bem é através da Concertação Social, a via considerada neo-liberal, quando digo a mal é através do desemprego, a via liberal, deixar a economia funcionar», disse o presidente da Sociedade Interbancária de Serviços (SIBS) na conferência «Crise, Justiça Social e Finanças Públicas», que decorre na Faculdade de Direito de Lisboa.
Para Vítor Bento, o aumento do desemprego é a grande ameaça à pobreza, uma vez que uma boa parte daqueles desempregados não irão voltar a encontrar trabalho.
O economista considerou ainda fundamental uma redução do preço dos bens não transaccionáveis.
«Temos desalmadamente que exportar e reduzir as importações e, para isso, temos que aumentar a competitividade e reduzir a procura interna».
Para o economista, se não forem tomadas medidas rápidas Portugal corre o risco de prolongamento de uma recessão, lembrando que «a crise nacional já cá estava antes da internacional».
Durante a conferência, o presidente do Tribunal de Contas, Guilherme d`Oliveira Martins, realçou a importância de evitar o excesso de endividamento «que não seja sustentável».
O presidente do Tribunal de Contas alertou ainda para a necessidade de «correr riscos» mas, ao mesmo tempo, avaliar constantemente as políticas adoptadas «que só por um milagre darão logo certo».
Salários em Portugal vão diminuir «a bem ou a mal»
- Redação
- JF
- 17 mar 2009, 16:48
Vítor Bento considera que boa parte dos desempregados não irão voltar a encontrar trabalho
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