Custo do trabalho em Portugal continua a aumentar

Na totalidade do ano passado, a subida foi de 1,7%, depois do aumento de 3% em 2003.

O ICT registou um valor de 128,3 no quarto trimestre. Tomando como referência o trimestre homólogo, verificou-se um crescimento dos custos do trabalho na generalidade das actividades económicas observadas, tendo sido mais acentuado no Alojamento e restauração (9,6%), Electricidade, gás e água (8,4%) e Actividades imobiliárias, alugueres e serviços prestados às empresas (8,2%).

A Educação (7,9%), Actividades financeiras (5,1%), Indústrias transformadoras (4,9%) e Construção (4,7%) apresentaram igualmente, no quarto trimestre de 2004, acréscimos dos custos do trabalho superiores aos observados no mesmo período de 2003. O acréscimo dos custos foi inferior nos Transportes, armazenagem e comunicações e no Comércio por grosso e a retalho.

No 4º trimestre de 2004, e face ao mesmo período do ano anterior, os custos do trabalho aumentaram mais acentuadamente nos grupos de Trabalhadores não qualificados (8,8%), Técnicos profissionais de nível intermédio (7,1%) e Pessoal administrativo e similares (5,5%).

Os Especialistas das profissões intelectuais e científicas foram o único grupo profissional que apresentou um decréscimo homólogo (2,3%).

A variação média anual do ICT foi inferior para a generalidade dos grupos profissionais, à excepção dos Trabalhadores qualificados e do Pessoal dos serviços e vendedores, cujos acréscimos foram superiores aos observados em 2003.

No 3º trimestre de 2004, último disponível para o espaço da UE15, a variação homóloga do Índice de Custo do Trabalho estimada pelo Eurostat foi de 2,3%. O Reino Unido (3,4%), a Espanha (3,1%) e a Dinamarca (2,8%) observaram as maiores variações homólogas do custo médio de mão-de-obra.