Francisco Lopes ataca «política de direita», Defensor Moura defende o Governo - TVI

Francisco Lopes ataca «política de direita», Defensor Moura defende o Governo

Candidatos falaram do orçamento e do financiamento partidário

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O debate entre Francisco Lopes e Defensor Moura, na TVI, ficou marcado pela «batalha» entre a oposição do deputado comunista e o posicionamento favorável do deputado socialista em relação às políticas do Governo de José Sócrates.

«Eu também gostaria de ter outro orçamento, mas este é o orçamento necessário», defendeu Defensor Moura.

Pelo contrário, Francisco Lopes, que rejeitou ser apelidade de extrema-esquerda», deixou entender que o outro candidato está em «sintonia com a política de direita». «As orientações que têm predominado nas últimas décadas, presentes no Orçamento de Estado para 2011, são no âmbito de uma política de direita e do seu agravamento», disse.

O candidato socialista, por sua vez, defendeu um acordo no Governo minoritário: «Não se pode passar mais tempo com a instabilidade governativa deste ano. Não propocionámos condições ao Governo para governar. O entendimento tem de ser possível»

Defensor criticou o Presidente da República por ter tido uma «actuação muito abstencionista», «certamente preocupado com a sua reeleição». «Devia ter feito todo o esforço para criar um acordo estável», apontou.

Já o candidato comunista prometeu usar todos os poderes da Presidência «para influenciar uma mudança política no sentido patriótico e de esquerda». «Quero o máximo de entendimento possível, mas não um entendimento em torno deste rumo. Usarei todos os meus poderes para outro tipo de entendimento», garantiu.

Questionados acerca da nova lei do financiamento partidário, ambos foram críticos. Defensor Moura lembrou que se absteve e que contestou «internamente» algumas medidas. «Deve acabar-se com o dinheiro vivo na comparticipação de apoio aos partidos e campanhas», defendeu.

Já Francisco Lopes considerou que «os partidos não devem ser nem sucursais dos grupos económicos nem dependentes do Estado». «A lei actual é inadmissível, corta a possibilidade de organização. Por exemplo, considera-se dinheiro vivo um reformado pagar uma quota de dois euros e se alguém passa milhões pelo BPN a um partido já é transparente», lamentou.

O ex-presidente da Câmara de Viana do Castelo criticou ainda Cavaco Silva por «compactuar com favorecimentos», quando falava do clientismo e da corrupção, e por lhe «interessar que se fale cada vez menos nas presidenciais».

- VEJA A REACÇÃO DE FRANCISCO LOPES APÓS O DEBATE

VEJA A REACÇÃO DE DEFENSOR MOURA APÓS O DEBATE
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