Número de seguros de saúde aumenta 10% ao ano - TVI

Número de seguros de saúde aumenta 10% ao ano

Hospital

Há cada vez mais seguros de saúde, mas nem todos valem o que se paga.

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O número de seguros de saúde tem aumentado 10% ao ano. Mas nem assim os portugueses conseguem contornar um «serviço público lento e deficitário, com apólices fracas, dedução das despesas no IRS limitada e direitos dos utentes nem sempre salvaguardados», diz um estudo da Associação Portuguesa para a Defesa dos Consumidores (DECO).

O elevado número de exclusões, os períodos de carência e a duração anual dos contratos retiram-lhes muita utilidade. Só no final de 2006, cerca de 20% da população já era titular de um plano, o que se traduz em quase dois milhões de apólices emitidas. Mas a oferta de seguros pelas empresas, a título de remuneração complementar, a venda associada ao crédito à habitação e o fim de alguns subsistemas de saúde também abriram as portas a este mercado.

Em resposta ao aumento da procura, assistimos nos últimos anos à diversificação da oferta, com a criação de planos para todas as bolsas. Mas a escolha da apólice não se deve reger só pelo preço. Os planos baratos são geralmente mais limitados. A maioria exclui tratamentos de obesidade e prevê comparticipações baixas para despesas como estomatologia, lentes e óculos graduados.

Por isso, a DECO recomenda: «quando contratar um seguro, analise bem os limites de indemnização para cada cobertura, franquias e períodos de carência».

Mesmo os planos mais caros têm «problemas graves» que podem reduzir a sua utilidade, por isso o melhor é escolher a sua modalidade.

Comece por escolher a modalidade que quer

Reembolso

Se quer escolher os médicos, opte por um seguro de reembolso. O mesmo para quem mora longe dos grandes centros urbanos, onde o número de prestadores de serviços da rede da seguradora é mais limitado. Adianta as despesas do seu bolso, mas recebe 80 a 90%, desde que apresente os recibos ou facturas. O adiantamento pode ser difícil nas despesas de elevado valor, como internamentos.

Assistência

Se habita num grande centro urbano ou nas redondezas, opte por um de assistência. Se recorrer aos profissionais e instituições da rede paga 10 euros a 15 euros quando é assistido (em consultas). Em contrapartida, fica limitado na escolha dos médicos e, se tiver de deslocar-se para outras zonas do país, pode não encontrar profissionais da rede. Recorrer a serviços fora da rede não convém, pois a comparticipação é mínima: 30 a 35 por cento.

Misto

Os seguros mistos são os mais flexíveis, pois permitem optar pela rede de cuidados médicos da companhia ou serviços fora da rede. Têm, contudo, uma desvantagem: as comparticipações fora da rede são inferiores às dos seguros de reembolso (60 a 70 por cento).
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