Poupança: dicas para compras neste Natal

O tempo é de crise mas ainda assim a maioria dos portugueses acaba sempre por gastar mais do que estava a pensar, «o que poderá agravar as situações de endividamento», alerta a Associação Portuguesa para a Defesa dos Consumidores (Deco).

O hábito de guardar uma parte do subsídio de Natal para fazer um pequeno «pé-de-meia» também já não faz parte da vida das famílias portuguesas que, regra geral, na época natalícia esquecem-se dos problemas e acabam por cair na tentação do apelo comercial.

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Para que não volte a cometer os mesmos erros, a Deco deixa-lhe algumas dicas que deve tentar seguir à risca neste Natal.

Comece por procurar saber qual o montante total que dispõe para as suas compras sem comprometer o seu orçamento familiar.

Faça depois uma lista com o nome das pessoas a quem pretende oferecer os seus presentes e uma quantia limite para cada uma delas.

Para resistir aos apelos da publicidade e do marketing, não compre por impulso. O crédito fácil acaba por conduzir a um consumo excessivo.

Se necessitar de recorrer ao crédito, não decida no momento. Avalie os produtos existentes no mercado e peça simulações. E o mais importante de tudo: compare preços antes de comprar.

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Se pretende adquirir produtos electrónicos, deve procurar conhecer o produto, solicitando uma demonstração e verificando se tem manual de instruções em português. Deve ainda guardar o talão de compra e verificar se a embalagem do produto também tem as informações em língua portuguesa.

No caso de oferecer uma peça de vestuário ou um livro recolha informações acerca da possibilidade de efectuar uma troca e, em caso afirmativo, solicite que esta informação seja escrita, por exemplo no talão com o respectivo prazo para troca do artigo. E não se esqueça: guarde sempre o talão de compra.

Ao comprar brinquedos, tenha em atenção a idade da criança. Procure oferecer algo que seja pedagógico e educativo. Leia com atenção todas as informações e tenha especial cuidado na escolha de brinquedos destinados a crianças com menos de 3 anos. Verifique se existem arestas cortantes ou pontiagudas, peças destacáveis ou materiais facilmente inflamáveis.

De acordo com a Deco a situação de endividamento dos consumidores portugueses não tem parado de crescer. «Muitos consumidores têm ultrapassado claramente a sua taxa de esforço e esquecido a poupança».

«As famílias vivem situações de pobreza, ou melhor de uma nova pobreza, onde há algum rendimento que é imediatamente sacado pelos credores, mas falta dinheiro para as necessidades básicas», remata a mesma associação.