Figueiró dos Vinhos: autarca repudia estudo sobre salmonelas - TVI

Figueiró dos Vinhos: autarca repudia estudo sobre salmonelas

Praia Fluvial da Albufeira do Azibo em Macedo de Cavaleiros

Praia fluvial de Aldeia de Ana de Aviz mantém-se aberta

O presidente da Câmara Municipal de Figueiró dos Vinhos, Rui Silva, repudiou esta quarta-feira o estudo da Deco/Proteste que dá conta da presença de salmonelas na praia de Aldeia de Ana de Aviz, naquele concelho, noticia a Lusa.

Em comunicado, o autarca diz que as afirmações da Deco são «falaciosas, alarmistas e danosas», quer para os que «usufruem desta praia» como para os que «trabalham para manterem níveis de qualidade de excelência».

Rui Silva sustenta, por outro lado, que as praias fluviais do concelho, nomeadamente a de Aldeia de Ana de Aviz, são «sujeitas a controlos periódicos e regulares da qualidade da sua água, por duas entidades acreditadas e independentes», citando os laboratórios da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) e dos serviços de Saúde Pública de Leiria.

No mesmo comunicado, o presidente do município revela que os resultados das colheitas efectuadas a 25 de Agosto e 26 de Agosto de 2008 por aqueles laboratórios classificam a água da praia fluvial de Aldeia de Ana de Aviz como estando com «boa qualidade» e «boa».

O autarca acrescenta que «nos últimos três anos, 90 por cento das análises efectuadas, pelas mesmas entidades, evidenciaram boa qualidade», enquanto dez por cento tiveram a classificação de «aceitável».

Rui Silva diz ainda que se reserva «no direito de agir em conformidade nas instâncias próprias» contra a Deco.

«Praia fluvial vai continuar aberta»

Fonte da autarquia acrescentou à agência Lusa que face às análises em poder da Câmara, a «praia fluvial vai continuar aberta».

A Deco/Proteste analisou a água de 30 praias fluviais e encontrou salmonelas nas praias de Ana de Aviz (concelho de Figueiró dos Vinhos), Avô (Oliveira do Hospital), Fróia (Proença-a-Nova) e Louçainha (Penela), todas na Região Centro.

Num comunicado divulgado esta quarta-feira, a Associação de Defesa do Consumidor informa que já alertou a CCDRC, a Administração Regional de Saúde do Centro, os centros de saúde e as Câmaras Municipais das regiões afectadas, «pedindo medidas que protejam a saúde dos consumidores».

O comunicado adianta que as salmonelas são bactérias que «podem ter efeitos nocivos na saúde», pelo que desaconselha banhos naquelas praias «até que novas análises comprovem a ausência de riscos».

«As crianças exigem especial cuidado, por engolirem mais água e terem o organismo mais sensível», sustenta.

Mal-estar, dor abdominal e de cabeça, febre, vómitos e diarreia são os efeitos mais comuns das salmonelas, refere a Deco, acrescentando que «a pesquisa de salmonelas não é obrigatória nas análises quinzenais da responsabilidade da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro».

As águas analisadas pela associação foram recolhidas entre 18 e 28 de Agosto, «no âmbito de um estudo mais alargado ainda em curso», adianta a associação.
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