O FC Porto, através do seu diretor de comunicação, tem feito denúncias e acusações sobre o Benfica ao longo das últimas semanas no Porto Canal.
Denúncias e acusações que, a serem provadas, são obviamente graves.
Da Luz têm surgido reações a desvalorizar o assunto, alegando descontextualização e esgrimindo outros argumentos.
O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol e o Ministério Público abriram processos para averiguar.
Entretanto, outros visados já vieram a público explicar-se, sejam essas explicações válidas ou não – caberá aos órgãos da justiça desportiva e civil avaliar.
Os dragões vão certamente esticar as denúncias por várias semanas, o máximo que conseguirem. Parece claro que é essa a estratégia, a fim de manter o assunto bem aceso e uma pressão asfixiante sobre o rival.
Ao futebol português interessa sobretudo que a justiça atue, levando a cabo as diligências necessárias até que chegue a uma conclusão, seja esta qual for.
O futebol português dispensava naturalmente o ruído constante, esta polémica por fascículos. As denúncias e as alegadas provas, os famosos e-mails, deveriam ter sido já todos entregues em sede de justiça para se anexarem ou não – cabe mais uma vez às autoridades decidir – ao processo.
Entretanto, para lá da poeira e sem poder esperar que assente, está uma temporada que se prepara para arrancar. A imagem para o exterior continua a ser má, num país que é, repito mais uma vez, campeão da Europa.
Para já, o que está provado é que em Portugal, e há muitas décadas, continua a falar-se de mais com árbitros e sobre árbitros, com dirigentes e sobre dirigentes da arbitragem e das instituições que superintendem o jogo dentro de fronteiras, em vez de se jogar à bola.
O resto está (e bem) entregue à justiça.