Luís Filipe Vieira, a coisa não melhora com o tempo - TVI

Luís Filipe Vieira, a coisa não melhora com o tempo

Luís Filipe Vieira na TVI

Presidente tem dado assustadora imagem de falta de humildade para se retratar publicamente

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Luís Filipe Vieira perdeu a cabeça na madrugada de sábado, durante a Assembleia Geral do Benfica, e apertou o pescoço a um associado.

Foi mau, foi muito mau.

Mas houve pior. Nos dois contactos posteriores com a imprensa, o presidente encarnado recusou falar do que aconteceu e, sobretudo, recusou pedir desculpa publicamente pelo sucedido.

Nesta altura vale a pena fazer um parêntesis para recordar que Luís Filipe Vieira fez um trabalho admirável. O Benfica é nesta altura o clube mais forte, com a estrutura mais saudável e o futuro mais sólido em Portugal. Por tudo isso, tem também a equipa mais intensa e entusiasmante.

A verdade que é Vieira tem um mérito incontestável em tudo isso.

Mas há uma coisa que o presidente não pode esquecer: o Benfica já era um clube grande antes dele. Já era, aliás, um clube muito grande. Não foi Vieira que o fez.

E era grande exatamente por causa de milhões de adeptos como aquele a quem o dirigente apertou o pescoço na madrugada do último sábado.

Segundo relatos da altura, Luís Filipe Vieira falou com o sócio logo durante a Assembleia Geral e terá tido, provavelmente, a oportunidade de se retratar em privado nessa circunstância.

Mas publicamente não o fez. Publicamente, aliás, tem-se recusado constantemente a fazê-lo.

O presidente do Benfica, já se sabe, lida mal com a crítica. Não aceita aquilo que considera uma ingratidão dos sócios e tem uma incapacidade gritante para perceber o que é isto de democracia. Por isso, e perante uma mão-cheia de críticas mais certeiras, perdeu a cabeça.

Ninguém é perfeito e ninguém está imune a isso.

Não ter a humildade de se retratar publicamente depois, isso sim é triste e grave. Porque dá a sensação que o presidente não tem a modéstia de mostrar arrependimento, e dá a legitimidade a qualquer sócio de pensar que poderia ser ele naquela posição. Com as mãos do presidente no pescoço.

Bastaria um dia ter uma posição crítica.

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