Outra vez, Alemanha? - TVI

Outra vez, Alemanha?

Alemanha-França

2018 atirou a quatro vezes campeã mundial ao chão

Em quatro anos, a Alemanha foi do céu ao inferno.

Campeã do mundo no Brasil, última classificada do grupo na Rússia. Afinal, porém, havia mais. Num ano absolutamente trágico, a seleção germânica ficou também no último lugar na respetiva poule da Liga das Nações e já sabe que foi despromovida à segunda divisão da competição.

Daqui por dois anos vai estar a defrontar o País de Gales, a Áustria, a República Checa ou a Eslováquia. Muito longe, portanto, daquele que é o seu habitat natural.

A seleção alemã está em crise? É arriscado dizê-lo.

A verdade é que tem sido vítima de uma série de acasos. Na Rússia, por exemplo, esteve até ao fim a lutar pelo apuramento. Dois golos coreanos nos descontos empurraram-na para o último lugar.

Nesta Liga das Nações, foi de facto inferior na derrota em Amesterdão, embora tenha tido mais bola, e jogou sempre taco a taco com a França. Os golos de Griezmann, em Paris, de Depay e Wijnaldum, em Amesterdão, todos eles sobre o fim do jogo, atiraram-na ao chão.

Antes disso, esteve nas meias-finais do Euro 2016, no qual só foi eliminada por uma França que até foi inferior no jogo, com menos posse de bola e menos remates, e fez uma fase de apuramento para o Mundial 2018 absolutamente irrepreensível: dez vitórias em dez jogos.

A verdade, porém, é que a grande Alemanha, a velha Alemanha, não permitia que jogos como os mais recentes lhe acontecessem. Era demasiado forte para isso. Esta Alemanha, parece nunca ter sido capaz de se recompor daquela partida em Moscovo, em que foi atropelada pelo México.

Desde então tem andado errática, insegura, pouca... alemã.

É verdade que em dois anos perdeu Schweinsteiger, Mario Gomez e Mesut Ozil, abdicou de Khedira, viu-se mergulhada numa série de polémicas xenófobas e parece ter ficado mais pobre em referências. Mas isso não explica tudo. Até porque o país continua a ser uma fonte de talentos.

Pode ser apenas um ano mau. Mas que é estranho, é. E até desonroso.

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