No final de Janeiro deste ano, Sócrates tirou Correia de Campos e Isabel Pires de Lima do Governo. Uma mini-remodelação que desviou atenções da abertura do ano judicial - com Marinho Pinto a proferir um discurso inflamado -, da audição do ministro Teixeira dos Santos no caso BCP e da ameaça de Alegre com o levantamento de um grupo de críticos.
Quatro meses depois, é Alípio Ribeiro quem apresenta a demissão depois de uma entrevista que caiu mal entre o Executivo e de um ano de desgaste com o caso Maddie.
Na véspera da saída, monta-se um coro à capela, que vai entoando, em cânone, críticas às declarações do antigo director nacional da PJ. A saída, inevitável, surge rápida, já com um solista de renome escolhido para a próxima actuação.
De forma certeira e eficaz, o show popular montado na sede do PSD desce alguns lugares na tabela musical dos alinhamentos noticiosos. E na sede até havia banda sonora, ecrã gigante, bolo, caras conhecidas, e um tom de campanha nacional, com Santana a apresentar as linhas-mestras de um programa de Governo. Mas ninguém quis saber.
Os timmings de Sócrates continuam infalíveis. São Caetano à Lapa - 0, Gomes Freire - 1. Ninguém tem tanta sorte...
Como a PJ «matou» o show de Santana
- Judite França
- 7 mai 2008, 18:52
Os timmings de Sócrates. São Caetano à Lapa - 0, Gomes Freire - 1
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