Regresso do público aos estádios a 19 de abril ou 3 de maio? Depende da DGS - TVI

Regresso do público aos estádios a 19 de abril ou 3 de maio? Depende da DGS

Adepto na bancada

«Tudo está condicionado pela condição epidemiológica», afirmou o ministro da Educação Tiago Brandão Rodrigues

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Após a apresentação do plano de desconfinamento, o presidente da Liga, Pedro Proença, afirmou que espera que, a partir de 19 de abril, o público volte aos estádios, mas o ministro da Educação diz que esse regresso depende da validação da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Tiago Brandão Rodrigues não desfez, de resto, a grande dúvida, sobre em qual das datas o futebol se engloba: para Pedro Proença, o futebol deve ser incluído nos eventos exteriores, e por isso com data de abertura ao público a 19 de abril. Há uma corrente, no entanto, que diz que o futebol é um grande evento, e por isso só pode abrir ao público a partir de 3 de maio.

«O plano de desconfinamento é claro e abre perspetivas ao regresso do público a eventos, tanto em espaço interior como em espaço exterior, seguindo as recomendações do trabalho técnico feito pelos especialistas. Mas queria notar que a decisão de presença de espectadores pertence sempre e em última instância à DGS. Tudo está condicionado pela condição epidemiológica do momento em concreto», afirmou Tiago Brandão Rodrigues.

Em declarações prestadas na apresentação das medidas aprovadas em Conselho de Ministros para a retoma da atividade, o governante, que tem sob a sua esfera a tutela do Desporto, lembrou os alertas feitos na véspera pelo primeiro-ministro, António Costa, que apontou para a possível revisão das medidas em caso de incumprimento dos limites de incidência de 120 novos casos por 100 mil habitantes a 14 dias e de um índice de transmissibilidade (R) de 1, e reiterou a necessidade de «fazer tudo para mitigar a propagação da doença».

Plano de desconfinamento contempla a realização eventos exteriores com diminuição de lotação a partir da terceira fase, que começa a 19 de abril, e de grandes eventos a partir de 3 de maio.

«Tem sido sempre feito com cautela, precaução, prevenção e sempre em articulação com as autoridades de saúde. E assim continuará a acontecer», salientou Tiago Brandão Rodrigues, sem deixar de admitir que, «apesar da flexibilização na utilização de fundos e de todos os programas de financiamento», o setor do desporto «está a ser fortemente afetado pela pandemia» de covid-19.

Em relação às medidas, Tiago Brandão Rodrigues destacou o Fundo de Apoio para a Recuperação da Atividade Física e Desportiva, que se distribui em três áreas: o programa Reativar Desporto, com uma dotação global de 30 milhões de euros de apoio a fundo perdido para clubes e associações sem fins lucrativos na retoma da atividade desportiva federada; o reforço da dotação do plano de reabilitação de instalações desportivas para cinco milhões de euros; e o reforço das verbas para três milhões de euros da iniciativa Desporto para Todos, com apoio particular a todos os clubes com praticantes não federados.

Paralelamente, realçou a linha de crédito de 30 milhões de euros pelo Banco Português de Fomento para o programa Federações+Desportivas, que se destina a federações com estatuto de utilidade pública desportiva. A calendarização destes apoios será divulgada em pormenor brevemente, tendo o ministro da Educação garantido que o «trabalho com o setor do desporto tem sido contínuo para enfrentar a pandemia».

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