Número de pessoas sem emprego já ultrapassa um milhão - TVI

Número de pessoas sem emprego já ultrapassa um milhão

Taxa oficial não revela tudo: somando todos os valores, Portugal terá 1,24 milhões de pessoas sem emprego. Número corresponderia a uma taxa de desemprego ajustada de 22,6%

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O número de pessoas disponíveis para trabalhar mas sem emprego já ultrapassava um milhão no final do último trimestre de 2011, segundo dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

O valor oficial da taxa de desemprego do INE é 14%, o equivalente a 770 mil desempregados. No entanto, este número só engloba pessoas sem emprego, disponíveis para trabalhar e que, durante o período do inquérito, procuraram trabalho activamente.

Não estão incluídos nesse valor os inactivos disponíveis ou desencorajados (pessoas disponíveis para trabalhar mas que não procuraram activamente emprego) nem os trabalhadores em situação de subemprego (pessoas que trabalham a tempo parcial mas gostariam de ter empregos a tempo inteiro).

O INE, no entanto, apresenta nas suas estatísticas trimestrais do mercado de trabalho, valores para todas estas categorias: no quarto trimestre de 2011, havia 203 mil inactivos disponíveis (mais 5 por cento que no trimestre anterior), 83 mil inactivos desencorajados (mais 9,1 por cento) e 187 mil pessoas em situação de subemprego visível (mais 16,9 por cento).

Somando todos estes valores, haveria 1,24 milhões de pessoas sem emprego. Este número corresponderia a uma taxa de desemprego ajustada de 22,6 por cento.

Mesmo retirando deste valor os trabalhadores em situação de subemprego, o número de indivíduos sem emprego ficaria acima de um milhão de pessoas (1,057 milhões, uma taxa ajustada de 19,2 por cento).

As previsões são piores: para o economista do ISCTE Francisco Madelino «dificilmente» a taxa de desemprego em Portugal se situará abaixo dos 15 por cento este ano, tendo em conta o «impacto profundo» das medidas de austeridade.

Certo é que, em 2011, a taxa de desemprego teve a maior subida dos últimos trinta anos.

Um problema que afecta todas as idades e qualificações. Por isso, temos algumas dicas para quem procura emprego.

A próxima pergunta é: e no futuro próximo, a situação vai ser ser melhor?
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