Taça da Liga: Desp. Aves-Benfica, 1-1 (crónica) - TVI

Taça da Liga: Desp. Aves-Benfica, 1-1 (crónica)

Voltaram aos serviços (demasiado) mínimos

O Benfica está na Final Four da Taça da Liga, mas como se diz na gíria futebolística conseguiu esse objetivo com uma prestação de serviços mínimos. Empate a uma bola nas Aves, tímido e o mínimo exigido para sair como líder do Grupo A da competição, com uma exibição igualmente escassa.

A equipa encarnada esteve em desvantagem cerca de vinte minutos, virtualmente esteve durante o mesmo período alheado da derradeira fase da prova, valendo o suíço Seferovic para anular a vantagem construída por Mama Baldé.

Salvou-se o resultado e o consequente apuramento, voltaram os serviços mínimos no conjunto de Rui Vitória. Desta vez nem chegou para um triunfo pela margem mínima, esmorecendo assim a injeção de confiança da goleada sobre o Sp. Braga para amealhar na Vila das Aves mais uma prestação capaz de adensar a desconfiança.

Apenas um triunfo interessava aos avenses, algo que figurava como inédito na história do clube, mas o conjunto de Santo Tirso não se encolheu perante um Benfica moralizado e perante a história. Lançou-se em velocidade, falhando apenas no discernimento na hora de visar a baliza adversária.

Ao ritmo avense

Mais incisiva e enérgica, a turma de José Mota imprimiu o ritmo na primeira metade e mostrou ao que vinha. Teve menos posse de bola, é certo, mas construiu três oportunidades de golo flagrantes enquanto que o Benfica o máximo que conseguiu foi algumas aproximações mais arrojadas à baliza adversária.

O conjunto encarnado tentou laborar o jogo, ter mais critério, mas abanou com as primeiras saídas rápidas dos avenses e, consequência disso o encontro ficou dividido no que à abordagem ao jogo, com o Benfica a sentir a necessidade de redobrar cautelas frente a um Aves pujante.

Amilton teve nos pés a principal oportunidade da primeira metade, a quatro minutos do intervalo, mas definiu mal e acabou por perder o lance. Vítor Gomes está na génese da jogada ao lançar o extremo, em boa posição Amilton podia servir um colega ou rematar, preferiu o remate e acabou por atirar à malha lateral.

Seferovic assina resgate

Não marcou na primeira metade, deu expressão ao marcador o conjunto avense praticamente no reatar do encontro. Cruzamento de Rodrigo na direita, após combinação com Vítor Gomes, no coração da área Baldé apareceu à ponta de lança a antecipar-se a André Almeida e a cabecear para o fundo das redes logo aos quatro minutos.

Vantagem justificada do Aves, ia sendo a equipa mais convicta e, sobretudo, mais perigosa no terreno de jogo. Em desvantagem e por consequência virtualmente fora da Final Four, o Benfica reagiu e tomou as rédeas do jogo, mas expôs-se a mais contragolpes venenosos dos avenses, quase sempre tendo como protagonista Mama Baldé.

Valeu Seferovic a assinar o resgate encarnado. Ao minuto setenta o suíço restabeleceu o empate ao corresponder da melhor forma a um trabalho de Zivkovic na esquerda. Golo que foi um espelho da exibição encarnada, tremido e quando parecia já não haver condições para marcar. O que é certo é que Seferovic marcou e encaminhou o Benfica para a fase final da Taça da Liga, com lugar em Braga.

Castigo para o Desp. Aves, que nos derradeiros minutos construiu uma mão cheia de oportunidades flagrantes, sufocando mesmo os encanados, mas sem efeitos práticos. Segue em frente o Benfica com um empate que põe fim à série que já ia em sete triunfos consecutivos. Prestação descolorida do Benfica, de serviços mínimos, demasiado mínimos.

Confira o resumo do jogo:

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