António Freitas regressa à presidência do Desportivo das Aves - TVI

António Freitas regressa à presidência do Desportivo das Aves

António Freitas é o novo presidente do Desportivo das Aves

Eleição com 56,8 por cento dos votos

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António Freitas foi eleito, este sábado, como novo presidente do Desportivo das Aves, para o biénio 2020-2022, com 56,8 por cento dos votos, num ato eleitoral que teve também como candidato Joaquim Neves.

O sufrágio realizado no pavilhão do clube, ao lado do estádio, dita o regresso de António Freitas, de 66 anos, à presidência do emblema avense, na qual já tinha estado de 1998 a 2001.

De acordo com o líder da Mesa da Assembleia Geral, Nuno Lima Cardoso, foram ainda registados 1 por cento de votos brancos e 0,1 por cento de nulos, num universo de 753 eleitores. Foram as eleições mais concorridas na história do clube do concelho de Santo Tirso.

Nestor Borges vai ser o presidente-adjunto, Rita Puga, Diogo Pereira, Tiago Sampaio, Vera Gonçalves e José Pedro Freitas vice-presidentes, Tiago Gouveia o secretário e Carla Antunes a tesoureira. Rui Ribeiro e Álvaro Lima lideram, respetivamente, a Mesa da Assembleia Geral e o Conselho Fiscal.

O empresário natural da Vila das Aves, que tinha desistido da corrida presidencial em 2016, é o sucessor de Armando Silva, que liderou os nortenhos desde 2010.

A tomada de posse decorre ainda este sábado, às 20 horas, no pavilhão do clube.

Recorde-se que o clube detém, desde 2015, dez por cento da SAD, da qual é maioritária o grupo de investidores Galaxy Believers.

Corte de relações com Estrela Costa e os sócios como «soberanos»

Após a eleição, António Freitas assumiu a quebra de relações com Estrela Costa, acionista da Galaxy Believers, de quem diz ter recebido insultos. «A Estrela Costa insultou-me ontem [sexta-feira] do piorio e o diálogo acabou. Terei reuniões com outros acionistas, mas que não seja com essa senhora, que não percebe nada de futebol. Com ela a relação começa mal, ao contrário de Wei Zhao, presidente da SAD», afirmou Freitas, à margem da tomada de posse.

À Lusa, na sexta-feira, o novo líder do clube admitiu separar o Desportivo das Aves da administração do futebol profissional, caso encontre o clube em decadência desportiva e financeira, mas priorizando já o «diálogo» para «ver se a SAD está a cumprir» o protocolo.

«Admito tudo, mas os sócios são soberanos e não quero ver o Aves nos distritais. Apenas sei, enquanto gestor, o que faria se estivesse na situação deles. Que não pensei que irão ter tarefa fácil, mesmo que a direção cessante, principalmente no último ano, tenha sido muito penalizada pelas atitudes e gestão danosa desta sociedade anónima», avaliou, dizendo que as eleições deste sábado «correspondem a uma vitalidade enorme do clube». «O meu histórico ajudou a balançar um bocadinho para o meu lado, mas a outra lista era forte, deu muita luta e era capaz de colocar o Aves no caminho certo», notou.

A tomada de posse marcou a saída de Armando Silva, que disse estar «emocionado» e «orgulhoso» pelo trajeto. «Tinha mesmo de sair. Foram bons anos e fui sempre apoiado pelos sócios. Sei que o Aves está muito bem entregue. Temos alguns problemas para resolver e creio que o António Freitas tem mais capacidade para isso», resumiu.

Atualizado às 23h27

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