“Parece-me que há demasiada crença no modelo Made in Seixal - TVI

“Parece-me que há demasiada crença no modelo Made in Seixal

  • JGR
  • 10 mar 2020, 19:01

Os comentadores da TVI24, Rui Pedro Braz e Luís Vilar, analisaram, esta terça-feira, a atualidade desportiva, no Mais Bastidores

Os jogos da primeira e da segunda liga de futebol vão realizar-se à porta fechada, como medida de precaução devido ao novo coronavírus. A decisão, anunciada pelo grupo de emergência criado pela Federação e que segue a recomendação dado pelo Governo sobre a suspensão de eventos com mais de cinco mil pessoas ao ar livre, foi um dos temas em destaque na edição desta terça-feira do Mais Bastidores.

Este é um assunto de saúde pública, não é necessariamente um assunto de futebol”, afirmou Luís Vilar. “Os outros setores da sociedade devem seguir os conselhos da DGS.”

Apesar de o comentador acreditar que o futebol existe “enquanto houver espetadores”, a situação deve ser deixada a cargo dos especialistas de saúde. Para Rui Pedro Braz essa é, também, a posição que mais sentido faz.

"Vamos ter em conta a opinião de um jogador contra a opinião de pessoas entendidas?”, comentou, referindo-se ao caso de Parejo, que escreveu uma carta num diário desportivo espanhol a apelar contra os jogos à porta fechada.

Até ao momento, a intervenção mais equilibrada foi a de Jurgen Klopp, que diz que a sua opinião significa nada, por não ser especialista na matéria”, sublinhou. “Eu acho que as pessoas do futebol se devem preocupar com aquilo que conseguem controlar. O resto devem deixar para as entidades competentes.”

Rui Pedro Braz reforça a ideia de que, apesar de ser difícil “ter uma opinião concreta sobre tudo o que está a ser feito”, é necessário ter “confiança de que tudo está a ser bem feito” por parte das autoridades de Saúde.

 O momento do Benfica, a política desportiva do clube da luz, os jogadores mais caros da era Vieira, o fruto da aposta na formação e a situação de Bruno Lage foram foco de analise dos comentadores do Mais Bastidores.

Os encarnados têm sido alvo de várias críticas por parte dos seus adeptos, por causa da recente sequência de resultados. Rui Pedro Braz relembrou as palavras do técnico benfiquista para classificar o atual momento das águias.

Um ano fantástico e um mês terrível”, referiu. “Os adeptos são injustos quando dizem ‘não queremos ganhar milhões, queremos é ser campeões’.”

O atual momento do Benfica coincide com um dos melhores momentos da história do clube, depois de ter conquistado três campeonatos em quatro anos e os maiores lucros da história do clube.

As críticas ao Benfica aparecem precisamente num dos melhores momentos da história do clube (…) Em termos desportivos não está a haver um acompanhamento”, explicou.

Alguns adeptos da luz criticam a política de aposta em jogadores da formação avançada pelo presidente do clube, Luís Filipe Vieira, o apelidado “Made in Seixal”. Depois da era Jorge Jesus, o clube da luz passou a apostar com maior frequência em jogadores da formação, em detrimento da compra de jogadores estrangeiros.

Algo que foi prontamente desmentido por Rui Pedro Braz. “Estas críticas não são legitimadas pelos factos”, começou por dizer. “O Benfica não tem descorado o investimento para apresentar melhores resultados (…) Os seis jogadores mais caros do Benfica foram comprados nos últimos cinco anos.”

Para Luís Vilar, apesar de o clube “gastar mais em aquisições e em ordenados”, as águias “não estão a ter retorno”. O comentador reforçou esta ideia ao afirmar que, pelos números que o clube apresenta, em comparação com os seus rivais diretos, “já devia ter uma maior distância” do FC Porto.

Parece-me que há demasiada crença no modelo do Seixal”, vincou.

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