Prolongamento: Sporting em estado de sítio e Varandas debaixo de fogo - TVI

Prolongamento: Sporting em estado de sítio e Varandas debaixo de fogo

  • 21 out 2019, 23:30

Os comentadores de Prolongamento analisaram o momento atual do Sporting, depois do mais recente episódio entre a direção de Frederico Varandas e as claques, que culminou no corte dos apoios aos grupos organizados de adeptos.

Luís Filipe Menezes acredita que o Sporting precisa de apaziguar a relação com as claques sem que haja uma capitulação, considerando que este corte de relações peca por tardio. O comentador considera, no entanto, que é injusto imputar as culpas da situação do Sporting excusivamente a Frederico Varandas e restante direção, acrescentando que as vitórias podem ajudar, mas não são o fundamental, neste momento.

Luís Filipe Menezes acredita que as claques têm sido um problema em Portugal e em vários sítios do mundo, lembrando o fenómeno do hooliganismo em Inglaterra nos anos 1990, e compara a situação no Sporting ao ataque da Turquia aos kurdos ou as manifestações da Catalunha.

Pedro Guerra lembrou que Frederico Varandas tinha dito, antes de assumir a presidência do Sporting, que ia tentar fazer com que o clube fosse governável. O comentador elogiou a coragem da atual direção em enfrentar o problema das claques de frente, mas considera que esta atitude deveria ter sido tomada logo a seguir ao ataque a Alcochete. Só que, acrescenta, com Bruno de Carvalho isso nunca aconteceria.

O comentador revelou ainda que há vários motivos para a resolução dos protocolos com as claques, nomeadamente a colossal dívida da Juve Leo ao Sporting. Para Pedro Guerra, Frederico Varandas deveria explicar algumas das decisões tomadas pela comissão de gestão de Sousa Cintra, nomeadamente alguns contratos que considera serem onerosos para o Sporting. Um deles seria o de Bas Dost, que, segundo o comentador, previa um pagamento de 600 mil euros por época para o empresário do avançado holandês.

Ainda segundo Pedro Guerra, a equipa de Sousa Cintra terá sido bastante branda com os jogadores que rescindiram contrato com o Sporting, ao permitir que exagerassem nas reivindicações para que regressassem ao clube.

Manuel Serrão acredita que os dirigentes do Sporting ficaram iludidos com a conqusita da Taça de Portugal e Taça da Liga na época passada e não tomaram uma série de decisões que deveriam ter tomado. Tudo o que está agora a ser feito "à martelada" poderia ter sido feito com tempo, considera.

O comentador defende que o Sporting precisa de um presidente com carisma, mas Frederico Varandas não tem jeito para o cargo. Serrão defende mesmo que o presidente leonino não sabe o que anda a fazer e está perdido, não tem força para pôr ordem no clube, nem se lhe conhece uma ideia que seja. Manuel Serrão diz que não é Varandas quem manda no clube e que precisa de uma relegitimação, por causa da contestação, mas prefer agarrar-se ao poder a submeter-se ao sufrágio dos sócios.

 

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