Maradona: autópsia não revelou álcool ou drogas ilegais - TVI

Maradona: autópsia não revelou álcool ou drogas ilegais

Maradona

Investigadores apontam que médicos deram ao astro argentino psicofármacos, mas nenhum medicamento para os problemas cardíacos

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A autópsia de Diego Maradona não revelou álcool ou drogas ilegais, mas foram detetados psicofármacos no corpo o antigo jogador argentino, avança a agência Télam.

A causa da morte foi «um edema agudo do pulmão que se seguiu a uma insuficiência cardíaca crónica agudizada», tendo sido também descoberta no coração uma «miocardiopatia dilatada» e áreas com «isquemia miocárdica», o que corrobora o relatório preliminar.

No fígado havia um «quadro cirrótico provável», nos pulmões havia «rotura de septos alveolares» e um «foco com edema intra-alveolar», e no rim foi detetada uma «necrose tubular aguda».

No exame post mortem foram colhidas amostras de sangue, urina e realizados vários outros exames a órgãos e tecidos. O coração foi extraído e, segundos os peritos, tinha uma «miocardiopatia dilatada», pesando 503 gramas, cerca do dobro do normal.

As análises foram então negativas para álcool e estupefacientes, mas deram positivo a substâncias como «venlafaxina, quetiapina, levetiracetam e naltrexona» que, de acordo com os especialistas, são arritmogénicos, ou seja, produzem arritmia.

A venlafaxina é um antidepressivo, utilizado para efeitos de ansiedade, a quetiapina é um antipsicótico também usado na depressão grave e em alguns casos de adição, o levetiracetam é um antiepilético que atua sobre o sistema nervoso e pode provocar sonolência e diminuição da capacidade de reação e a naltrexona bloqueia o efeito dos medicamentos opiáceos usados para evitar a abstinência do álcool.

Os investigadores vão agora ver se estes medicamentos eram adequados um paciente com problemas cardíacos crónicos, como Maradona e se a morte poderia ter sido evitada.

Um dos investigadores judiciais disse à agência Télam que «é tão importante o que apareceu nas análises como o que não surgiu. Davam a Maradona psicofármacos e nenhum medicamento para a cardiopatia.»

A filha mais nova de Maradona, Gianinna, fez uma publicação nas redes sociais em que dizia que via o pai «muito inchado, com voz robótica».

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