A austeridade por si só não bastou para superar a crise financeira, mas a consolidação fiscal «foi uma parte muito importante» da recuperação na Islândia, disse esta quinta-feira em Lisboa o governador do banco central islandês.
Mar Gudmundsson, que falava à imprensa depois de uma conferência no Banco de Portugal, frisou que não se pode traçar comparações diretas entre os casos islandês e português.
A Islândia sofreu uma grave crise financeira em 2007, quando a sua banca se tornou insolvente. Reiquejavique teve de pedir ajuda ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Os efeitos ainda persistem, mas a economia islandesa voltou, entretanto, ao crescimento.
«A austeridade foi difícil, mas a recuperação não teria sido possível sem consolidação fiscal», disse Gudmundsson.
«Julgo que não há dúvidas [na Europa] de que a austeridade por si só não chega, é preciso crescimento, reformas estruturais», acrescentou o banqueiro central islandês.
Olhando para a forma como a União Europeia tem respondido à crise, Gudmundsson acha que «as reformas têm ido no sentido certo».
«Em termos gerais, pode-se dizer que a lição a aprender com a Islândia é de que não estaríamos agora onde estamos sem o programa do FMI. Creio que não posso nem devo dar conselhos mais específicos» a Portugal, concluiu Gudmundsson.
Islândia: austeridade «não chega» mas foi «parte importante»
- Redação
- 26 abr 2012, 14:37
«Em termos gerais, pode-se dizer que a lição a aprender com a Islândia é de que não estaríamos agora onde estamos sem o programa do FMI»
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