Juros: Vieira da Silva rejeita limite de 7% para pedir ajuda ao FMI - TVI

Juros: Vieira da Silva rejeita limite de 7% para pedir ajuda ao FMI

Juros da dívida voltaram a disparar, mas Vieira da Silva diz que Portugal «já mostrou capacidade de corrigir os seus desequilíbrios no passado»

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O ministro da Economia veio dizer esta terça-feira que os mercados não têm razões para percepcionar risco na dívida portuguesa e rejeitou o limite de 7% nos juros para recorrer ao fundo europeu e ao FMI.

«Não há nenhum limite objectivo, nem a fixação de nenhuma fronteira. A situação internacional tem evoluído muito rapidamente e as avaliações têm de ser feitas à medida que essa evolução se verifica», disse à agência Lusa Vieira da Silva.

Os juros das obrigações soberanas a 10 anos renovaram máximos esta terça-feira e aproximam-se a passos largos da barreira dos 7%, o valor que o ministro das Finanças considerou, em entrevista ao «Expresso» ser aquele em que entraríamos «num terreno onde essa alternativa [o FMI] começa a colocar-se».

Vieira da Silva assegura que o país «já mostrou capacidade de corrigir os seus desequilíbrios no passado» e está empenhado em fazê-lo novamente.

«Portugal honra os seus compromissos financeiros e assumiu para com a comunidade internacional e para si próprio uma redução do défice que é a melhor garantia do empenho do país em corrigir os desequilíbrios que contribuem para que, neste cenário internacional tão adverso, a nossa dívida seja colocada sobre pressão».

O ministro lembrou ainda que os máximos atingidos hoje referem-se «às taxas de juro que se praticam no mercado secundário» e não nos custos de colocação da dívida portuguesa.

Leilão não está em risco

O novo recorde dos juros da dívida foram alcançados precisamente um dia antes do Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público emitir dívida de longo prazo para conseguir entre 750 e 1250 milhões de euros.

Vieira da Silva não receia que os valores hoje atingidos no mercado secundário se reflictam no leilão desta quarta-feira. «Não há nenhuma razão para acrescentar alguma coisa ao que tem sido dito pelo Governo, não tem existido uma diminuição da procura da nossa dívida e não vejo nenhuma razão para que haja uma leitura diferente da que já foi feita».
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