Malparado atinge novo máximo em Agosto - TVI

Malparado atinge novo máximo em Agosto

Dinheiro (arquivo)

Empresas e famílias estão com a corda no pescoço, bancos ficam «a ver navios»

A crise está a estrangular as finanças de muitas famílias portuguesas e também de muitas empresas, que já não conseguem pagar o que devem aos bancos. Em Agosto deste ano, o malparado atingiu novos máximos.

Mas o azar de uns é sempre a sorte de outros. E se alguns nem sequer conseguem pagar contas, outros conseguem poupar cada vez mais.

Segundo dados preliminares do Banco de Portugal, o crédito de cobrança duvidosa na banca portuguesa ascendia a 10,99 mil milhões de euros, o valor mais elevado desde que há memória. Do total, 4,5 mil milhões de euros dizem respeito a particulares, o que significa que as famílias não conseguem pagar 3,21% do total de crédito que lhes é concedido. É o valor mais alto desde que há registo (Dezembro de 1997). Já no caso das empresas, o malparado está nos 5,57%, valor mais alto desde Agosto de 1998.

Olhando com mais atenção para o malparado entre os particulares, e discriminando os destinos de financiamento, vê-se que o malparado ronda os 9% quer no crédito ao consumo (novo máximo histórico), quer no crédito para outros fins (valor mais alto desde Maio de 1998).

Só no crédito à habitação é que a taxa de incumprimento é mais baixa: 1,81% do total. Mesmo assim, trata-se igualmente de um novo recorde.

O aumento do malparado é uma das razões para o corte na concessão de crédito.
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