O último relatório do Órgão Internacional para o Controlo de Estupefacientes (OICE), um organismo dependente da ONU, desaconselha a criação de salas de chuto porque, no seu entender, violam as regras internacionais segundo as quais as drogas deverão apenas ser usadas para fins médicos e científicos.
Em declarações à «Lusa», o director do IDT realçou também a experiência bem sucedida de outros países para justificar a opinião do instituto.
«Não é tão líquido assim que (as salas de chuto) desrespeitam as regras internacionais», afirmou, adiantando que essas salas são uma forma de os toxicodependentes terem contacto com o Serviço Nacional de Saúde e poderem optar por tratamento.
João Goulão disse ainda que a posição do OICE sobre as salas de chuto «é conhecida, recorrente e não surpreende».
O território português voltou a ser citado no relatório como uma das duas principais portas de entrada de cocaína na Europa, juntamente com Espanha, registando um aumento de apreensões de 125 por cento entre 2004 e 2005.
No último ano foram apreendidas no país 19 toneladas de cocaína, que a OICE quantifica como 20 por cento de toda a quantidade daquela droga apreendida nos Estados membros da União Europeia.
Portugal é também apontado, a par com Espanha, como um dos principais pontos de transbordo dos carregamentos de haxixe com destino à Europa produzidos em Marrocos.
Posição da ONU «não é motivo» para abandonar salas de chuto
- Redação
- CPS
- 1 mar 2007, 13:13
O Presidente do Instituto da Droga e da Toxicodependência considera que a posição do Órgão Internacional para o Controlo de Estupefacientes contrária à criação de salas de chuto «não é motivo bastante para o instituto abdicar de uma ideia que tem defendido».
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