Um FC Porto sem Óliver: quem enche as medidas ao centro? - TVI

Um FC Porto sem Óliver: quem enche as medidas ao centro?

FC Porto vs Moreirense (LUSA)

Quintero, Rúben Neves e Evandro lutam pela posição; Brahimi seria aposta ousada e de risco.

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O FC Porto chega ao clássico de domingo, fundamental para a contabilidade da Liga, sem Óliver Torres. O espanhol foi reforçando a sua influência no setor intermediário dos dragões e abre espaço para interrogações sobre o candidato ideal à vaga.

Curiosamente, Julen Lopetegui nunca contou com o melhor Óliver frente ao Sporting. O médio regressava de uma lesão no ombro direito (a mesma que provocou novo afastamento) a 26 de setembro, dia em que os dragões visitaram o Estádio de Alvalade. A perder, o técnico lançou o compatriota ao intervalo e o FC Porto subiu de rendimento, chegando ao empate: 1-1.

Três semanas mais tarde, após uma perda de bola comprometedora em Donetsk, o jogador espanhol iniciou novo clássico frente ao Sporting no onze mas foi sacrificado no final da etapa inicial: não estava no seu melhor momento. Os leões venceram no Dragão e seguiram em frente na Taça de Portugal (1-3).

Desta vez não há Óliver Torres e o FC Porto sentirá a sua ausência. Juan Quintero, após várias exibições de qualidade entre outubro e novembro, foi perdendo fulgor e rubricou uma exibição mediana na jornada anterior, na deslocação ao reduto do Boavista.



Os adeptos procuram a resposta para a questão: Lopetegui deverá apostar novamente em Quintero como parceiro de Casemiro e Herrera ou virar-se para as alternativas?

Rúben Neves e Evandro lutam pela posição enquanto Brahimi surge como aposta de risco e pouco testada.

O treinador do FC Porto recorreu a essa fórmula (Yacine Brahimi no meio, com Tello e Quaresma nos flancos) ao minuto 64 do jogo no Bessa e o primeiro golo surgiu pouco depois. Para recuperar o desenho original, Julen Lopetegui trocou mais tarde Ricardo Quaresma por Evandro, apostando novamente em três médios de origem.

Os dragões nunca apostaram na estratégia ofensiva desde o apito inicial. Brahimi teve outra aparição como homem nas costas de Jackson Martínez frente ao At. Bilbao, novamente num cenário de empate. Entrou Quaresma aos 70 minutos, Brahimi fletiu para o centro e o 2-1 apareceu. Depois, entrou Óliver para recuperar o formato.

Não parece o suficiente para justificar esse desenho – os três criativos de início - no clássico de domingo mas seria uma demonstração de ambição num encontro decisivo.

Yacini Brahimi tem argumentos (11 golos marcados em 27 jogos) para alinhar ao centro, mais próximo de Jackson Martínez, e tal aposta permitiria a coabitação com Quaresma e Tello, dois flanqueadores com números interessantes.

Quintero mais habituado a partir do banco

Óliver chegou a esta fase com 6 golos na Liga e ainda 5 assistências na competição. Influência clara na manobra da equipa portista. Quanto a Juan Quintero, o candidato natural, contabiliza 3 golos mas tem números mais modestos no capítulo das assistências.

No Estádio do Bessa, o jogo mais recente, viu-se um colombiano a recuar vezes sem conta até à linha de meio-campo para iniciar o processo ofensivo, afastando-se dessa forma da baliza contrária. Jackson ficou sem apoio direto.

Quintero foi utilizado em 26 compromissos do FC Porto mas sobretudo como suplente utilizado (em 15 ocasiões) para um total de 1108 minutos.

Rúben Neves pode argumentar com uma utilização superior nos jogos em que foi chamado: 23 aparições (13 como titular) e 1203 minutos em campo. De qualquer forma, o adolescente português não garantiria uma proximidade ao ponta-de-lança: atuaria provavelmente nas imediações de Casemiro, libertando Herrera para linhas mais subidas.

Apenas um golo de Rúben Neves na presente temporada.



Fica a curiosidade: foi essa a opção no Sporting-FC Porto da primeira volta (1-1): um meio-campo com Casemiro, Rúben Neves e Herrera. O jovem luso ficou marcado pelo lance do golo leonino e saiu ao intervalo.

Evandro corre por fora mas pode apresentar um registo interessante. Com o brasileiro em campo, os dragões nunca perderam!

O médio recrutado ao Estoril esteve em 19 jogos do FC Porto (12 como suplente utilizado), contribuindo para 15 vitórias e 4 empates. Evandro tem menos minutos que os outros candidatos – apenas 751 – e procura aproveitar o tempo para marcar. Quatro golos, três deles na Taça da Liga e de grande penalidade.

Poderá um velho conhecido de Marco Silva desafiar as probabilidades para surgir como titular no clássico?

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