Eventuais processos da CGD sobre ex-gestores só depois do verão - TVI

Eventuais processos da CGD sobre ex-gestores só depois do verão

  • 2 mai 2019, 18:49
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Presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos), Paulo Macedo, disse ainda que o banco não fará o papel dos tribunais

O presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Paulo Macedo, disse, esta quinta-feira, que eventuais processos sobre ex-gestores só avançarão depois do verão e repetiu a ideia de que o banco não fará o papel dos tribunais.

Antes do verão não nos parece, volto a lembrar que o Ministério Público está com isto há dois anos e meio, o Banco de Portugal está com isto há anos", disse Paulo Macedo em Lisboa, na apresentação das contas do banco do primeiro trimestre, quando questionado sobre quando serão concluídos e eventualmente avançam processos de responsabilidade civil sobre ex-gestores.

O responsável voltou ainda a dizer hoje, tal como tinha considerado em fevereiro na apresentação dos resultados de 2018, que a CGD "não é juiz nem tribunal" e que não se comportará desse modo face a ex-gestores.

O que a Caixa fará é à medida que houver razões [...] dar sequência", disse, repetindo que "não é realista" pensar que algum processo possa "estar pronto antes de férias judiciais".

Sobre as três sociedades de advogados que estão a ajudar a CGD neste processo, Macedo indicou que são a Vieira de Almeida, a Linklaters (ambas já conhecidas) e ainda a Serra Lopes.

Em fevereiro, Macedo indicou no parlamento que a CGD precisava de pelo menos três sociedades de advogados para avaliar processos de responsabilidade civil sobre ex-gestores, devido à existência de conflitos de interesse.

Em audição na Comissão de Orçamento e Finanças, o presidente executivo do banco público disse que a CGD já tinha contratado duas sociedades de advogados para fazerem a avaliação dos atos de gestão e, eventualmente, avançarem com processos de responsabilidade civil, depois da auditoria da consultora EY, que detetou perdas significativas com créditos.

Isto porque, explicou, dos cinco casos em análise, a primeira sociedade de advogados tinha “incompatibilidade em dois”, pelo que foi decidido que não os analisará e foi contratada uma segunda sociedade, que “já disse que para um dos casos tem incompatibilidade”, explicou, na altura.

Assim, acrescento, “terá de haver uma terceira sociedade”. Hoje ficou a saber-se que essa sociedade de advogados é Serra Lopes.

Não iremos fazer nada que achemos que tem conflitos”, disse Paulo Macedo.

A CGD registou lucros de 126,1 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, mais 85% do que no mesmo período de 2018, divulgou hoje o banco público.

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