EDP nega negociações com Gas Natural para fusão - TVI

EDP nega negociações com Gas Natural para fusão

  • VC
  • 4 jul 2017, 11:00

Depois de uma notícia avançada pela Reuters, a elétrica fez uma comunicação ao regulador de mercado, a CMVM. Se negócio avançasse, seria criada a quarta maior empresa europeia em valor de mercado

 A EDP nega que estejam a decorrer negociações com a espanhola Gas Natural, com vista a uma fusão entre as duas empresas.

"No seguimento da notícia difundida ontem, dia 3 de Julho, pela agência Reuters com o título 'Gas Natural aproxima-se da EDP com vista a fusão', a EDP vem por este meio negar a existência de negociações entre as duas entidades sobre este tema", lê-se no comunicado enviado pela elétrica ao regulador de mercado, a CMVM.

Este esclarecimento surge depois de, ontem, fontes próximas do assunto terem dito à agência Reuters que a Gás Natural se aproximou da EDP sobre a possibilidade de uma fusão que criaria a quarta maior empresa europeia em valor de mercado. 

A capitalização bolsista da Gas Natural alcança os 20,7 mil milhões de euros, praticamente o dobro da capitalização da EDP, que ronda os 10,5 mil milhões.

Segundo a Reuters, aquelas fontes disseram que as conversações sobre um potencial acordo de 35.000 milhões de euros e a sua estrutura potencial ainda estariam numa fase precoce e não há certeza sobre o ponto a que chegarão.

No comunicado a desmentir a notícia, a elétrica liderada por António Mexia apenas profere aquela frase a negar as negociações, não prestando quaisquer mais esclarecimentos.

As ações da EDP sobem, a esta hora, 2,4% para 2,924 euros.

A empresa tem-se visto envolvida num processo de investigação a propósito das rendas excessivas na energia, que tem já oito arguidos. Entre eles, os presidentes da EDP e da EDP Renováveis, António Mexia e João Manso Neto, respetivamente. Ontem, foi a vez do ex-ministro Manuel Pinho ser constituído arguido.

João Faria Conceição, administrador da REN e antigo consultor de Pinho, Pedro Furtado, responsável de regulação na empresa gestora das redes energéticas, Rui Cartaxo, que entre 2006 e 2007 foi adjunto de Manuel Pinho, Pedro Resende e Jorge Machado, que foram vogais do Conselho de Administração da EDP, são os restantes arguidos conhecidos.

Nesta investigação, o Ministério Público é coadjuvado pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária.

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