O almoço com a fatura mais cara da história tem Brexit na ementa - TVI

O almoço com a fatura mais cara da história tem Brexit na ementa

  • VC
  • 4 dez 2017, 10:55

Primeira-ministra britânica, Theresa May, e o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, sentam-se hoje à mesma mesa para almoçar e fazer contas

Ainda não há contas fechadas para o Brexit, mas uma coisa parece certa: o almoço desta segunda-feira entre a primeira-ministra britânica, Theresa May, e o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, será para todos os efeitos o mais caro da história.

O acerto de contas entre a União Europeia e o Reino Unido andará entre os 45 mil milhões de euros e os 55 mil milhões, abaixo do valor inicial pedido por Bruxelas (60 mil milhões), mas bem acima dos 20 mil milhões oferidos por Theresa May em setembro.

data e hora certas para a saúda do Reino Unido do clube europeu - 23:00 do dia 29 de março de 2019 -, mas há um braço-de-ferro a decorrer, com Bruxelas a exigir que haja já acordo sobre o dinheiro, para continuar depois das negociações sobre as relações comerciais, os direitos dos cidadãos e a fronteira da República da Irlanda com a Irlanda do Norte.

Se não houver acordo sobre o acerto de contas, adensa-se o impasse quanto aos termos exatos da retirada do país, facto que tem gerado incerteza junto das empresas e dos cidadãos comunitários que se encontram no Reino Unido.

Outro obstáculo, para além do custo

Há uma coisa que vem já aumentar tensão que envolve este almoço: Theresa May e o governo irlandês não conseguiram chegar a consenso, antes do encontro de hoje em Bruxelas, sobre esse ponto da fronteira da Irlanda do Norte. "O governo irlandês continua esperançoso - mas nesta fase é muito difícil fazer uma previsão", foi o que disse fonte oficial, citada pelo The Guardian.

A falta de acordo neste campo pode ser um obstáculo e vir a atrasar o processo de negociações com a UE.

As conversações entre o Reino Unido e Bruxelas poderão continuar na quarta-feira, quando os comissários europeus se reunirem para discutir recomendações sobre se foi alcançado um "progresso suficiente" para dar corda às negociações sobre os acordos comerciais e de transição.

 

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