Os representantes do setor do táxi acusam a PSP de querer “partir a manifestação” de segunda-feira, 10 de outubro, em Lisboa, ao impor condições aos taxistas que vêm do norte e do sul do país. Uma conclusão a que chegaram depois de o presidente da Federação Portuguesa do Táxi, Carlos Ramos, ter tido uma reunião com a PSP no Comando Metropolitano de Lisboa, em Moscavide.
A PSP está a levantar problemas que não fazem sentido. Nós discordamos e mantemos o mesmo itinerário. Declinamos qualquer responsabilidade do que venha a acontecer”
Os taxistas pretendem que os carros vindos de norte vão ter à Rotunda do Relógio, em Lisboa, para depois se juntarem aos colegas no Parque das Nações, mas a polícia “quer desviá-los em Santa Iria da Azóia [no vizinho concelho de Loures] para o IC2 [itinerário complementar]”, referiu o presidente da Associação Nacional dos Transportadores em Automóveis Ligeiros, Florência Almeida.
Em relação às viaturas oriundas do sul, acrescentou, as associações definiram uma saída conjunta, com batedores, mas a PSP quer antes que se desloquem em “pequenos grupos de 10 ou 15 viaturas”.
Por outro lado, os taxistas aceitaram a indicação policial de, na Baixa de Lisboa, vindos da Rua do Ouro, não passar na Rua do Arsenal, atualmente em obras, e ir ao Campo das Cebolas para se dirigirem ao Cais do Sodré, rumo à Assembleia da República, em S. Bento.
A Associação Nacional dos Transportadores em Automóveis Ligeiros (ANTRAL) demarcou-se, entretanto, de eventuais "situações de ameaças e violência" na manifestação.
A ANTRAL rejeita todo o tipo de violência e apela para que a manifestação do dia 10 de outubro seja pacífica, ordeira [e] que sirva para mostrar os nossos pontos de vista contra a ilegalidade", afirmou, em comunicado, o presidente da associação, Florêncio de Almeida.
O responsável acrescentou ainda que a associação se demarca e condena "todas as notícias que envolvam situações de ameaças e violência" durante a ação de protesto.
Esta é uma altura crítica para o setor, que anda há meses a protestar contra a Uber e a Cabiby. Na semana passada, o Governo deu a conhecer o seu decreto-lei para a legalização destas plataformas. Os taxistas rapidamente apontaram uma série de injustiças.
Antes disso, já tinham prometido acampar na Assembleia da República a partir de segunda-feira, 10 de outubro. E a manifestação vai mesmo para a frente, com a ANTRAL à espera de mais de 6.000 profissionais nas ruas com os seus veículos.
Hoje houve outra notícia sobre o setor, a de que os taxistas querem aumentar substancialmente os preços na época do Natal/Ano Novo e no verão, entre outras propostas que fizeram ao Governo, não tendo ainda recebido feedback.
PSP justifica alterações
A Polícia de Segurança Pública (PSP) recusou hoje as acusações de que as alterações propostas aos taxistas pretendam condicionar a manifestação marcada para segunda-feira, contra aplicações móveis de transporte de passageiros.
Segundo o comissário Sérgio Soares, do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, em declarações à agência Lusa, as alterações propostas aos taxistas pretendem apenas facilitar a chegada de viaturas ao local do protesto, que parte do Parque das Nações, em Lisboa, e termina em frente à Assembleia da República.
A PSP vai mobilizar todo o Corpo de Intervenção de Lisboa para esta manifestação, cerca de 300 elementos, não descartando a hipótese de recorrer a agentes do CI do Porto e de Faro
Os representantes do setor do táxi acusaram hoje a PSP de querer "partir a manifestação" de segunda-feira, em Lisboa, ao impor condições relativamente aos taxistas que vêm do norte e do sul do país.
Em relação às viaturas com origem do sul do país, o responsável da PSP acrescentou que os condicionamentos são justificados com questões de segurança na Ponte 25 de Abril.
Os taxistas pretendem que os veículos provenientes do norte se desloquem até à Rotunda do Relógio, em Lisboa, para depois se juntarem aos colegas no Parque das Nações, mas a polícia "quer desviá-los em Santa Iria da Azóia [no vizinho concelho de Loures] para o IC2 [itinerário complementar]", referiu o presidente da Associação Nacional dos Transportadores em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), Florêncio Almeida.
Em relação às viaturas oriundas do sul, acrescentou, as associações definiram uma saída conjunta, com batedores, mas a PSP quer antes que se desloquem em "pequenos grupos de 10 ou 15 viaturas".
Os taxistas aceitaram a indicação policial de, na Baixa de Lisboa, vindos da Rua do Ouro, não passar na Rua do Arsenal, atualmente em obras, e ir ao Campo das Cebolas para se dirigirem ao Cais do Sodré, rumo à Assembleia da República, em S. Bento.
Manifestantes terão de deixar carros na 24 de Julho
A PSP informou hoje que os taxistas que participarem no protesto de segunda-feira em Lisboa terão de estacionar os carros na Avenida 24 de Julho, subindo a pé a Avenida D. Carlos I até ao parlamento, com apoio da polícia.
“As viaturas não poderão subir a Avenida D. Carlos I e parquear junto à Assembleia da República, porque haverá também uma manifestação que está já programada e comunicada do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local e que estará concentrada também a partir das 10:00 na Assembleia da República”, disse à agência Lusa o comissário Sérgio Soares, do Comando Metropolitano de Lisboa.
“Por termos de permitir as duas manifestações, a PSP decidiu que os taxistas deverão parquear as viaturas ao longo da 24 de Julho”, acrescentou.
A subida da Avenida D. Carlos I até ao parlamento com as viaturas faz parte do percurso indicado pela organização do protesto.
Segundo o comissário Sérgio Soares, as alterações propostas aos taxistas visam apenas facilitar a chegada de viaturas ao local do protesto, que parte do Parque das Nações, em Lisboa, e termina em frente à Assembleia da República.
Face aos constrangimentos no trânsito que se irão verificar em Lisboa devido à manifestação dos taxistas o responsável da PSP aconselhou que todos os que se dirigirem à capital na segunda-feira o façam recorrendo a transportes públicos.