Direção do Diário Económico demite-se - TVI

Direção do Diário Económico demite-se

  • Redação
  • VC - Atualizada às 18:15
  • 8 mar 2016, 17:51
Diário Económico

Diretor e subdiretores dizem que não há condições para assegurar um trabalho de qualidade. Há greve marcada para dia 10 de março. Administração admitiu recentemente cenário de insolvência

A direção do Diário Económico apresentou demissão do cargo, confirmou à Lusa o diretor demissionário Raul Vaz.

"Não há condições para assegurar o trabalho de qualidade como a plataforma Económico exige"

Na carta de demissão, a que a Lusa teve acesso, o diretor e os subdiretores Bruno Faria Lopes, Francisco Ferreira da Silva e Tiago Freire afirmam que, na "sequência da comunicação de 23 de fevereiro, e na ausência de soluções para os constrangimentos às condições de trabalho no Económico então reportadas, a direção editorial apresenta a sua demissão".

"Naturalmente, e no espírito construtivo que sempre a moveu, a direção está disponível para assegurar o normal funcionamento do jornal, televisão e 'site', aguardando que a administração tome, o mais depressa possível, as decisões relativas ao futuro da direção do Económico"

Entretanto, a administração do Diário Económico disse aos trabalhadores, via comunicação interna, que "com maior brevidade possível procuraremos encontrar uma alternativa para a condução" do projeto, segundo as palavras do administrador Gonçalo Faria de Carvalho.

"Foi-me hoje comunicado pela direção a decisão de, no atual quadro, não encontrarem condições para manter a liderança editorial deste projeto. Ao Raul [Vaz, diretor demissionário] e à sua equipa uma palavra de enorme apreço pelo esforço que sempre demonstraram na condução deste projeto, em circunstâncias particularmente difíceis"

Ainda em fevereiro, a administração do jornal tinha admitido o cenário de insolvência. A 3 de março, os trabalhadores do Diário Económico e da Económico TV marcaram uma greve de 24 horas para o dia 10 de março, na próxima quinta-feira, para reclamar o pagamento dos salários de janeiro e fevereiro e do subsídio de Natal.

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