Brexit leva grandes bancos a querer trocar Londres por Paris - TVI

Brexit leva grandes bancos a querer trocar Londres por Paris

Brexit: marcha junta milhares em Londres contra saída da UE [Foto: Reuters]

Algumas dessas instituições têm planos avançados para a transferência de operações, segundo o regulador financeiro de França

O Brexit tarda em efetivar-se, será só lá para outubro de 2018 ou mesmo já em 2019, segundo a Comissão Europeia, mas a banca está desde já a delinear planos para enfrentar o que aí vier. E alguns dos grandes bancos estão a pensar transferir as suas operações do Reino Unido para França.

Trocar Londres por Paris, portanto, quando o Reino Unido sair da União Europeia, caminho decidido pelos britânicos a 23 de junho deste ano. "Grandes bancos internacionais"  têm planos avançados nesse sentido, segundo as palavras do regulador financeiro de França, Benoit de Juvigny, que falava à BBC na quarta à noite.

A incerteza que paira sobre a futura relação entre o país e a UE faz com que os empresários estejam a testar cenários e a precaver-se com planos de contingência. A BBC faz notar que muitas companhias estão também a pensar noutras cidades europeias para além de Paris, para deslocar o grosso dos seus negócios. Entre elas Frankfurt (Alemanha), Dublin (Irlanda), Luxemburgo, Amsterdão (Holanda), Madrid (Espanha) ou Bratislava (Eslováquia). 

Quem diz bancos, diz outro tipo de empresas. O mesmo responsável disse que "muitas" já começaram a aconselhar-se sobre a possibilidade de sair de Londres. 

Benoit de Juvigny assegurou que o seu departamento pode ser ampliado para poder atender a mais empresas.

Este movimento pode dar-se porque as empresas de serviços financeiros que têm sede no Reino Unido podem vir a ter dificuldades para continuar a operar na União Europeia com o Brexit. É que não se sabe em que moldes vai acontecer e se os acordos em vigor serão substituídos por outros similares ou se haverá bloqueios comerciais.

As autoridades alemãs, luxemburguesas e holandesas também mostraram recetividade em receber operações de bancos e vindas do Reino Unido quando este deixar a União Europeia.

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