António Mexia vai ser reconduzido na liderança da EDP. É o nome proposto para presidente do Conselho de Administração Executivo da EDP – Energias de Portugal, segundo um comunicado da empresa, que foi enviado na noite de segunda-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Constituído arguido, em junho do ano passado, por suspeitas de corrupção, num processo relacionado com os custos para a manutenção do equilíbrio contratual (CMEC), que estava prestes a prescrever, Mexia recusou demitir-se. Garantiu, na altura, que "não houve claramente nenhum benefício para a EDP" no que toca aos custos para a manutenção do equilíbrio contratual e que as negociações foram feitas entre o Governo e a Comissão Europeia.
Ao que tudo indica, continuará então na liderança da elétrica.
Catroga sai, entra Amado
Segundo o mesmo comunicado enviado ontem ao regulador, Luís Amado, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, é o nome proposto para presidente do Conselho Geral e de Supervisão da EDP - Energias de Portugal. Isto quer dizer que o também ex-ministro, mas das Finanças, Eduardo Catroga, deixará o cargo.
Foram ainda propostos como membros João Manso Neto, António Fernando Melo Martins da Costa, João Manuel Marques da Cruz, Miguel Stilwell de Andrade, Miguel Nuno Ferreira Setas e Rui Lopes Teixeira, bem como Maria Teresa Isabel Pereira e Vera Pinto Pereira.
O mandato dos atuais membros do Conselho de Administração Executivo da EDP terminou em 31 de dezembro.
Há Assembleia Geral de acionistas para a eleição do Conselho de Administração Executivo da EDP para o triénio 2018-2020, no próximo dia 5 de abril. Esta assembleia elegerá, ainda, os cinco membros do Conselho de Ambiente e Sustentabilidade: os nomes propostos são José Manuel Viegas para presidente, António Gomes de Pinho, Joana Pinto Balsemão, Joaquim Poças Martins e Pedro Oliveira para vogais.
O conselho de administração executivo da EDP sublinha que são "personalidades de reconhecida competência na área da defesa do Ambiente".