TAP vai pagar subsídio de férias aos trabalhadores da Groundforce - TVI

TAP vai pagar subsídio de férias aos trabalhadores da Groundforce

TAP

Apesar da boa notícia, os sindicatos ressalvam que esta medida "não salda, de forma alguma, a totalidade dos créditos vencidos e não pagos (juros incluídos)"

A TAP vai pagar o subsídio de férias a todos os trabalhadores da Groundforce. A notícia foi avançada, esta sexta-feira, pelo Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes de Portugal (STTAMP) e pelo Sindicato dos Trabalhadores dos Aeroportos Manutenção e Aviação (STAMA). 

Assim, fruto do trabalho desencadeado por estes 2 sindicatos, ao longo de várias semanas, é com satisfação que vos comunicamos que o Governo, obviamente através da TAP, enquanto (cliente/accionista), concordou em assumir o pagamento do subsídio de férias a todos os trabalhadores da SPdH", lê-se no comunicado a que a TVI teve acesso. 

Esta sexta-feira realizou-se mais uma reunião com o Ministério das Infraestruturas e Habitação, cujo objetivo era encontrar "uma solução para a grave e dramática situação salarial dos trabalhadores". 

Apesar da boa notícia, os dois sindicatos ressalvam que esta medida "não salda, de forma alguma, a totalidade dos créditos vencidos e não pagos (juros incluídos)".

O STAMA e o STTAMP estiveram, estão e continuarão a estar sempre atentos e activamente interventivos, como de resto rezam todas as reuniões com a tutela ao longo de meses, e como também disso foi prova bastante, a acção contra dirigentes sindicais por parte da entidade empregadora, o extravasar de informações em tudo falsas, acções em estilo bafiento com o único intuito de desmobilizar uma greve que teve, para além do resultado hoje obtido junto do ministério e da TAP, trazer para a luta quem parecia adormecido, contrariado ou outra razão que desconhecemos", acrescenta a nota. 

STTAMP e o STAMA suspendem pré-avisos de greve, Sitava mantém

No segundo comunicado, os sindicatos dizem ainda que, uma vez alcançado "um entendimento com o Governo/TAP", foram levantados os pré-avisos de greve que estavam previstos a partir da próxima semana. 

Os sindicatos acrescentaram ainda esperar “que o acionista maioritário considere as propostas de aquisição da empresa”, por considerarem que “a situação nos moldes atuais tornam inviável o futuro da empresa”.

O STTAMP e o STAMA convocaram uma greve na Groundforce entre 16 e 18 de julho, além de outras paralisações parciais.

Já o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava) decidiu o oposto, ou seja, manteve o pré-aviso de greve.

Logicamente que o pagamento do subsídio de férias é uma boa notícia, no entanto, não abdicaremos de manter os pré-avisos de greve nos dias finais de cada mês, enquanto não estiver definida a situação de estabilidade da empresa”, informou o sindicato, em comunicado, acrescentando que “não retira quaisquer greves antes de as discutir com os associados no plenário de dia 15”.

A Groundforce presta serviços de assistência em escala aos passageiros e bagagens nos aeroportos portugueses.

A TAP requereu, em 10 de maio, na "qualidade de credora", a insolvência da Groundforce "junto dos Juízos de Comércio de Lisboa do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa", justificando que o objetivo da ação passa por, "se tal for viável", salvaguardar "a viabilidade e a sustentabilidade da mesma, assegurando a sua atividade operacional nos aeroportos portugueses".

A empresa de 'handling' considerou que um processo de insolvência não só "não deixa tudo na mesma", como deixa a Groundforce numa situação de "total estrangulamento", tendo, por isso, escrito ao ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, no sentido de o sensibilizar "para o facto de esta decisão contribuir em muito para o agravamento da situação da empresa".

A Groundforce é detida em 50,1% pela Pasogal e em 49,9% pelo grupo TAP, que, em 2020, passou a ser detido em 72,5% pelo Estado português.

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