Inspetores da ASAE ameaçam fazer greve - TVI

Inspetores da ASAE ameaçam fazer greve

  • VC
  • 12 jun 2017, 13:51
Marcha de inspetores da ASAE [LUSA]

Sindicato acusa Governo de "negociar de má-fé" o estatuto da carreira

Os inspetores da ASAE estão a ameaçar fazer greve em defesa das carreiras. O Sindicato Nacional dos Profissionais da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (SNP-ASAE) acusa o Governo de “negociar de má-fé” precisamente o estatuto da carreira dos inspetores.

O SNP-ASAE irá a partir de agora agir em conformidade, recorrendo a todo o tipo de mecanismos que tem ao seu alcance, se necessário a greve”.

A proposta do Governo “traz um incremento de deveres, incluindo a criação de escalas de serviço, para assegurar o serviço permanente, o denominado serviço de piquete, mas não fala em suplementos de piquete ou de prevenção”, denuncia o sindicato, em comunicado.

Não fala em qualquer suplemento, querendo com isto que os inspetores trabalhem cada vez mais e ganhem cada vez menos, tudo em prol do défice”.

A organização, com sede em Coimbra, repudia o “total desrespeito” com que o executivo, através do Ministério da Economia, “tem tratado os profissionais da ASAE, mormente os seus inspetores”.

A aprovação do estatuto da carreira é “uma reivindicação que se prolonga desde a criação desta autoridade, já lá vão 11 anos”, recorda o sindicato.

Com dois meses de atraso quanto ao prazo acordado entre as partes para concluir as negociações, abril passado, o secretário de Estado adjunto e do Comércio, Paulo Ferreira, apresentou ao SNP-ASAE “uma proposta de estatuto onde os profissionais ficam a saber qual a idade máxima de ingresso (...), mas não sabem quando será o seu final, visto que, relativamente ao regime de aposentação, nem uma palavra”.

Trata-se de uma proposta “que se consubstancia unicamente na destruição das carreiras existentes, não explicando como se irá realizar a transição para essa nova carreira”, dizem os inspetores.

O SNP-ASAE promete lutar “pela segurança alimentar dos portugueses”, por um estatuto “que dignifique a carreira” de inspeção e uma “política de admissões adequada e coerente, com entradas constantes e estruturadas de novos inspetores, até que a situação atual de falta de recursos humanos seja revertida e equilibrada”.

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