Cinco funcionários da Segurança Social acusados em processo de corrupção - TVI

Cinco funcionários da Segurança Social acusados em processo de corrupção

  • 13 mar 2018, 13:56
Segurança Social

Em causa, está a atribuição do número da segurança social a cidadãos oriundos sobretudo da Índia, Paquistão e Bangladesh

Cinco funcionários da Segurança Social estão acusados num processo de corrupção que tem 23 arguidos e que está relacionado com a atribuição do número da segurança social a cidadãos oriundos sobretudo da Índia, Paquistão e Bangladesh.

Na página da internet, a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL) adianta que o MP requereu o julgamento, em tribunal coletivo, dos 23 arguidos pelos crimes de corrupção passiva agravada, corrupção ativa, abuso de poder, acesso ilegítimo, falsidade informática e detenção de arma proibida.

Diz a PGDL que "está suficientemente indiciado” que os cinco funcionários da Segurança Social dedicaram-se, entre janeiro de 2015 até 27 de junho de 2017, a criar números de identificação da Segurança Social (NISS) para cidadãos estrangeiros, sobretudo oriundos de países indostânicos, ou seja, países como Índia, Paquistão e Bangladesh, a troco do pagamento de quantias monetárias.

Para o efeito, refere o MP, angariaram intermediários que estabeleciam o contacto entre os estrangeiros que precisavam de NISS para a sua legalização e os funcionários da Segurança Social, auferindo também tais intermediários das vantagens económicas.

A PGDL indica também que pelo menos um dos funcionários cedia informação sobre contribuintes a um escritório de solicitadoria, a troco de pagamento de quantias em dinheiro.

A PGDL sublinha que foi requerida a perda do produto do crime num valor superior a um milhão de euros.

Cinco dos 23 arguidos encontram-se sujeitos às medidas de coação de suspensão do exercício de funções, proibição de se ausentar do país, obrigação de se apresentarem no posto policial mais próximo da residência e proibição de contactos com os restantes arguidos.

O inquérito foi dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, com a coadjuvação da Polícia Judiciária.

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