Banif: CMVM soube de resolução graças à "amabilidade" de Centeno - TVI

Banif: CMVM soube de resolução graças à "amabilidade" de Centeno

  • Redação
  • LF - atualizada às 23:14
  • 13 abr 2016, 20:51

Presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários disse que conheceu a medida de resolução que ia ser aplicada ao Banif no fim de semana em que a mesma aconteceu

O presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) disse hoje que conheceu a medida de resolução que ia ser aplicada ao Banif no fim de semana em que a mesma aconteceu, graças "à amabilidade" de Mário Centeno.

"Durante o fim de semana o senhor ministro das Finanças teve a amabilidade de me informar", disse Carlos Tavares aos deputados da comissão parlamentar de inquérito ao Banif, onde está hoje a ser ouvido.

Depois, o responsável da CMVM declarou que não foi informado nem acompanhou as negociações para a venda - em cenário de resolução - da atividade bancária do Banif ao Santander Totta.

"A negociação era entre um acionista, neste caso o Estado, e um possível comprador", sustentou, retirando a CMVM do acompanhar dessa transação.

Carlos Tavares disse ainda que aquela entidade não suspeita de crimes com negociações de títulos do Banif na bolsa de Lisboa no período anterior à resolução do banco.

Falando na comissão parlamentar de inquérito sobre o banco, Carlos Tavares reconheceu que em dezembro houve uma "negociação mais intensa" dos títulos, mas sem indícios de crime de abuso de informação privilegiada.

"A alteração [da intensidade de transação de ações] não sugere a existência de abuso de informação privilegiada, pelo menos daquilo que apurámos até agora", vincou o responsável.

Carlos Tavares foi ouvido desde o final da tarde até perto das 21:30 na comissão de inquérito à gestão do banco, naquela que foi a oitava audição dos parlamentares.

A 20 de dezembro passado, um domingo, o Governo e o Banco de Portugal anunciaram a resolução do Banif, com a venda de parte da atividade bancária ao Santander Totta, por 150 milhões de euros, e a transferência de outros ativos - incluindo 'tóxicos' - para a nova sociedade veículo.

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