Humberto Pedrosa e David Neelman, os rostos do acionista privado, Atlantic Gateway, na administração da TAP quebraram o silêncio para se pronunciarem sobre a mais recente polémica que envolve a companhia: as nomeações políticas, em representação o acionista Estado, de Miguel Frasquilho, Diogo Lacerda Machado e Ana Pinto, para o novo conselho de administração que será eleito a 30 de junho.
Em comunicado a Atlantic Gateway refere que "a TAP precisa de estabilidade e de um conselho de administração coeso" que apoie a estratégia de crescimento e sustentabilidade.
Uma estratégia que tem em vista a execução do plano de turnarround da TAP, que está a acontecer desde a conclusão da privatização.
"Esse plano passa por recolocar a TAP numa rota de crescimento, o que já foi conseguido", acrescenta a Atlantic Gateway, lembrando que houve investimento na empresa, foi capitalizada, foram criadas novas rotas, entre outras, para a América do Norte, e melhorado o produto com um plano de compra de novos aviões e renovação dos interiores dos atuais. Finalmente, o comunicado refere a redução da dívida da TAP, um processo a que o acionista privado "também já deu início".
"Estamos certos de que este novo conselho de administração, que será eleito no dia 30 de Junho, terá as competências necessárias e estará à altura dos desafios que terá pela frente, dada a experiência empresarial e complementaridade dos seus membros", conclui.
Miguel Frasquilho deverá assumir a presidência do conselho de administração da transportadora aérea. Ana Pinho, presidente do conselho de administração da Fundação de Serralves, e Diogo Lacerda Machado, amigo do primeiro-ministro e consultor do Governo em dossier como a privatização da TAP e o BES, assumirão posições de vogal no mesmo conselho.
A Atlantic Gateway continuará a nomear a gestão executiva da TAP.