Centeno anuncia défice "não superior" a 2,1% em 2016 - TVI

Centeno anuncia défice "não superior" a 2,1% em 2016

Ministro das Finanças está no Parlamento e escolheu as contas públicas para a intervenção inicial. Sobre o valor do défice do ano passado, apelidou-o de "o mais baixo da democracia"

Era inferior a 2,3% e afinal "não será superior" a 2,1% o défice de 2016, disse esta manhã o ministro das Finanças, Mário Centeno, na Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa​ ​onde o governante estará hoje às 10:30 para debater a política geral do Ministério e outros assuntos de atualidade.​​​ ​

Um défice que, Centeno fez questão de frisar "ser o mais baixo da democracia".

"Temos hoje uma economia mais sólida e uma banca mais resiliente" são condições que, no entender do ministro, a apesar dos desafios que Portugal tem pela frente, permitem ter esperança no futuro.

O Instituto Nacional de Estatística revelou ontem que o Produto Interno Bruto (PIB) subiu 1,4% no conjunto de 2016, mais que os 1,2% previsto pelo Governo, e até que a previsão, de 1,3%, que a Comissão Europeia revelou ontem. Mas caiu face aos 1,6% de 2015, penalizado pela quebra da procura interna.

Centeno afirmou que as medidas tidas como extraordinárias, ou seja, o Programa Especial de Redução do Endividamento ao Estado (PERES), “apenas melhorarão a meta orçamental estabelecida pelo Governo, que era de 2,4%”, ligeiramente abaixo do objetivo de 2,5% definido pela Comissão Europeia aquando do encerramento do processo de sanções.

Quando me refiro ao facto de a economia portuguesa estar hoje no ponto mais sólido desde que aderimos ao euro apoio-me em resultados: crescimento económico, investimento, geração de emprego, solidez nas contas públicas, mas queremos mais e vamos conseguir mais”, disse.

Dessa forma, o ministro assegurou que, “graças à correção sustentável e durável das contas públicas, Portugal vai, finalmente, sair do Procedimento por Défices Excessivos”.

Costa encara 2017 “com confiança” 

O primeiro-ministro valorizou a indicação dada pelo ministro das Finanças de que o défice orçamental de 2016 não será superior a 2,1% do PIB, sustentando que 2017 pode ser encarado, também nesta matéria, "com confiança".

"Isto significa um resultado que é mais promissor do que aquilo que era a previsão mais otimista que o Governo apresentou no início de 2016", acentuou António Costa.

Podemos encarar este ano de 2017 com confiança, ao verificar que até instituições europeias que habitualmente têm manifestado algum ceticismo apresentam hoje previsões de crescimento [para Portugal] mais otimistas que o próprio Governo tem assumido.

 

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